quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
Princípios que auxiliam a orientar nossas decisões (ampliado) - Parte II
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Além daquilo que já foi escrito no texto anterior, o ambiente externo, seja psicológico, seja biológico ou fisiológico, seja social ou cultural, interfere no funcionamento de todo o sistema que constitui a minha pessoa. Além de eu ser um conjunto totalmente integrado dentro da minha pele, estou definitivamente vinculada ao ambiente que me cerca a curta, média e longa distância. A temperatura ambiente, a umidade do clima, a poluição do ar, o ruído externo e interno, as pessoas que nós olhamos, as conversas entre vizinhas, a luz que pode nos ofuscar, os aromas agradáveis e desagradáveis que chegam até nós, a música da casa ao lado, o tecido macio tocando a nossa pele, a intensidade das cores na janela e milhares de outros estímulos atuam. Tudo interfere em mim e eu interfiro, com mais ou menos significado, em tudo e todos. A relação entre o indivíduo e o ambiente é constante, contínua e deixa marcas indeléveis. Eu sou, também, o resultado disso.
Analise e avalie seu contexto com o maior rigor e procure as soluções para melhorá-lo. Sentir-se bem é fundamental para a vida saudável. Reveja seus valores, suas preferências, seus costumes e suas maneiras de fazer e priorize o que realmente é importante. Não tenha dúvidas em promover mudanças quando elas puderem acrescentar benefícios à sua vida. Não tenha medo do esforço que as alterações exigem. Se precisar, peça ajuda. Os outros talvez tenham prazer em ajudar.
Um dos mais marcantes exemplos desse impacto do indivíduo com o resto do mundo, é a pandemia da doença denominada COVID-19, onde um caso na China, em pouco tempo, atingiu o mundo inteiro e alterou a vida de todas as pessoas. E, também foram as experiências e pesquisas científicas de todos os países que auxiliaram a controlar, tratar e prevenir essa moléstia. Ninguém vive isolado.
Outra observação básica para dirigir minhas ações sobre a minha saúde é que o meu corpo e a minha mente estão constantemente a mudar, mudam todos os segundos e todos os dias, mesmo que eu não perceba; suas células se renovam constantemente. Esta dinâmica permanente é produzida por mecanismos intrínsecos que exigem o uso constante de cada função. Isso explica porque o desuso de um órgão leva-o à degeneração e à morte. Temos que estar sempre em funcionamento para continuar a funcionar. É o uso das capacidades que mantêm a existência e a saúde das mesmas. Mas isso paga um preço significativo porque o uso constante de uma função produz desgaste e resíduos que ocasionam o envelhecimento. Mas... o envelhecimento é inerente à vida. Quem não está vivo não envelhece!!! Então, encare a velhice com naturalidade, sem preconceitos e como parte da normalidade do ser vivo.
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022
Princípios que auxiliam a tomar decisões (ampliado) – Parte I
Foram necessários muitos anos de vida para eu perceber muitas coisas sobre mim!
Enfim, consegui ver-me de longe, obter uma visão mais geral de como sou e, acredito, que só consegui discernir tudo isso vagamente. Percebi que minhas avaliações contêm muitos erros e, portanto, devem ser provisórias e passíveis de correções. Para chegar a esse patamar, correlacionei três grandes aquisições: a maturidade que a reflexão constante me proporcionou, a experiência acumulada em 80 anos e a iluminação do conhecimento científico.
Como é difícil tomar decisões sobre a nossa saúde! Mas, essa tarefa é inevitável. Com frequência temos que decidir se vamos ao médico, se devemos alterar algo na alimentação, se precisamos aumentar a ingestão de líquidos, se o repouso é melhor que o exercício, se será útil dar uma “dormidinha” após o almoço, quais as informações são importantes fornecer ao médico, e assim por diante. Afinal, somos o objeto mais sofisticado e complexo de todo o planeta. A experiência nos mostrou que, quando optamos por uma decisão, perdemos as demais alternativas. Às vezes a perda é dolorida e a angústia da dúvida também dói. Os princípios gerais do nosso funcionamento orgânico ajudam a acertar mais vezes ou a corrigir mais depressa.
Um dos principais princípios que me orientam é que meu corpo não é uma somatória de partes, como são as máquinas, é um sistema com todas as suas partes integradas. E cada uma é vital para o sistema funcionar; se alguma delas não estiver a funcionar bem, todo o sistema será prejudicado. Esta conclusão é básica para orientar qualquer decisão sobre o cuidar do meu corpo e para guiar as minhas iniciativas a fim de manter e melhorar a minha saúde. Um sistema é muito diferente de um conjunto de peças; cada uma das partes influencia o todo.
Todos os tecidos, órgãos e segmentos do meu corpo, por minúsculos que sejam (dedinhos, unhas, dentes, etc.), se são focos de problemas, merecem a atenção e o cuidado adequado para que todo o conjunto não fique prejudicado, a curto ou a longo prazo.
Assim, uma pequena infecção deve merecer atenção, uma cárie merece tratamento rápido, uma micose exige cuidados, uma mancha precisa de observação, uma saliência nova precisa de controle; qualquer alteração deve ser observada e cuidada. Não deixe que um pequeno problema se transforme em grande encrenca. As pequenas adversidades são importantes exatamente porque sinalizam alguma pequena falha e se damos a devida atenção impedimos o agravamento da situação.
Apesar de existirem muitas funções corporais com papel integrador, a circulação e a rede neurológica são os mais importantes.
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022
Os dentes são grandes aliados da saúde: o que acontece com os idosos?
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Por mais surpreendente que pareça e o fato dos idosos serem mais vulneráveis a infecções e lesões, a produção científica demonstra que o envelhecimento atinge pouco as condições de saúde dos dentes. A perda dos dentes não faz parte do processo normal do envelhecimento. Na muita idade as condições desses órgãos são resultado do nível de cuidado que cada indivíduo prestou aos seus dentes durante sua vida. Indivíduos que cuidaram bem dos dentes, das gengivas e da musculatura facial tendem a mantê-los em boas condições quando idosos. O protocolo dos odontologistas também se alterou bastante nos últimos 30 anos. As próteses não têm a capacidade de funcionar com a competência dos dentes naturais e, hoje, esses profissionais mantem, conservam e recuperam todos os possíveis dentes naturais de seus clientes ao invés de extraí-los.
Por outro lado, o trabalho correto do complexo dentário responde por muitos benefícios da saúde como um todo.
Atualmente, faz parte dos cuidados geriátricos, além da manutenção do máximo de dentes naturais e tratamento das cáries, a vigilância e tratamento de problemas periodontais (gengivas e tecidos moles). Somente quando não houver possibilidade de manter a dentadura natural, o odontólogo deve sugerir alternativas como implantes e próteses parciais ou totais.
Os estudos mostraram que pessoas idosas com perda no número total de dentes apresentam dificuldades para mastigar e engolir e evitam alimentos mais consistentes (carne, vegetais crus, pão torrado e alimentos secos). Essas dificuldades produzem inadequação da alimentação e pode levar a problemas de saúde como um todo, favorecer doenças e diminuir a expectativa de vida.
O desenvolvimento das ciências da saúde tem demonstrado que alimentação adequada, exercícios e atividades físicas, sistema imunológico com bom funcionamento e todos os demais pilares da saúde humana contribuem significativamente com as boas condições dentárias. Por outro lado, todo o sistema de saúde oral tem uma importância enorme no estado geral das pessoas o que valoriza a prevenção dos problemas e o olhar integrado das ciências da saúde com foco no bem estar global do ser humano.
Hoje, não se cuida de algumas partes do corpo, tidas como mais importantes, cuidam-se de todas as partes porque cada uma, por mais pequena que seja, desempenha um importante papel no bem estar geral.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
Os dentes são grandes aliados da saúde: que cuidados exigem?
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A boca e toda a estrutura dentária, para se manterem saudáveis, exigem inúmeros cuidados, principalmente para prevenir infecções e lesões. A literatura científica é unânime em dizer que, para se conservar as arcadas em posição perfeita, é preciso garantir uma higiene bucal adequada, avaliações preventivas, cuidados periódicos nos dentes com alguma alteração e uso correto e com resistência da mastigação (os músculos devem ser exercitados e precisam usar a força). É saudável o fato do indivíduo usar ambos os lados para mastigar, isto é, colocar a musculatura bilateral para trabalhar.
Além disso, a saúde geral do corpo precisa estar em ordem porque o impacto dela nos dentes reflete-se de forma significativa. Qualquer alteração circulatória, muscular, nervosa, do sistema linfático e outras pode influenciar positiva ou negativamente a mastigação.
A higiene bucal começa com a escovação diária, após cada refeição e antes de dormir. É aconselhável utilizar uma escova de cabeça pequena, com cerdas macias, fio dental e escovinhas interdentais. Esses cuidados sistemáticos previnem a placa dentária que ocasiona as cáries e a gengivite (infecção das gengivas). Lembramos que as escovas devem ser trocadas logo que suas cerdas percam o formato original.
Outro importante cuidado é ir ao dentista regularmente para avaliações preventivas, limpezas mais profundas e correções de alterações patológicas. Aproveite a oportunidade e tire suas dúvidas com ele.
Evite alimentos doces e aumente alimentos ricos em fibras. Não se esqueça que, da boca depende a nutrição de todo o organismo; a boca tem uma íntima relação com a saúde geral porque interage com todas as estruturas orgânicas.
A mastigação é uma das funções mais importantes dos dentes; influencia até o formato do nosso rosto. Inicia a primeira fase da digestão e vai influenciar todas as etapas seguintes. As evidências científicas têm mostrado que a mastigação vigorosa e de ambos os lados produz efeitos benéficos sobre o crescimento e manutenção dos tecidos bucais e, até, no crescimento dos ossos. Para que essa função seja eficiente, é importante que cada dente esteja em seu lugar correto e em boas condições. A mastigação torna o alimento mais propício para a digestão, ajuda na mistura com a saliva e facilita a ação das enzimas salivares. Não só a forma do dente é importante, como também a força exercida sobre o alimento.
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