quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Princípios que auxiliam a tomar decisões (ampliado) – Parte I

Foram necessários muitos anos de vida para eu perceber muitas coisas sobre mim! Enfim, consegui ver-me de longe, obter uma visão mais geral de como sou e, acredito, que só consegui discernir tudo isso vagamente. Percebi que minhas avaliações contêm muitos erros e, portanto, devem ser provisórias e passíveis de correções. Para chegar a esse patamar, correlacionei três grandes aquisições: a maturidade que a reflexão constante me proporcionou, a experiência acumulada em 80 anos e a iluminação do conhecimento científico. Como é difícil tomar decisões sobre a nossa saúde! Mas, essa tarefa é inevitável. Com frequência temos que decidir se vamos ao médico, se devemos alterar algo na alimentação, se precisamos aumentar a ingestão de líquidos, se o repouso é melhor que o exercício, se será útil dar uma “dormidinha” após o almoço, quais as informações são importantes fornecer ao médico, e assim por diante. Afinal, somos o objeto mais sofisticado e complexo de todo o planeta. A experiência nos mostrou que, quando optamos por uma decisão, perdemos as demais alternativas. Às vezes a perda é dolorida e a angústia da dúvida também dói. Os princípios gerais do nosso funcionamento orgânico ajudam a acertar mais vezes ou a corrigir mais depressa. Um dos principais princípios que me orientam é que meu corpo não é uma somatória de partes, como são as máquinas, é um sistema com todas as suas partes integradas. E cada uma é vital para o sistema funcionar; se alguma delas não estiver a funcionar bem, todo o sistema será prejudicado. Esta conclusão é básica para orientar qualquer decisão sobre o cuidar do meu corpo e para guiar as minhas iniciativas a fim de manter e melhorar a minha saúde. Um sistema é muito diferente de um conjunto de peças; cada uma das partes influencia o todo. Todos os tecidos, órgãos e segmentos do meu corpo, por minúsculos que sejam (dedinhos, unhas, dentes, etc.), se são focos de problemas, merecem a atenção e o cuidado adequado para que todo o conjunto não fique prejudicado, a curto ou a longo prazo. Assim, uma pequena infecção deve merecer atenção, uma cárie merece tratamento rápido, uma micose exige cuidados, uma mancha precisa de observação, uma saliência nova precisa de controle; qualquer alteração deve ser observada e cuidada. Não deixe que um pequeno problema se transforme em grande encrenca. As pequenas adversidades são importantes exatamente porque sinalizam alguma pequena falha e se damos a devida atenção impedimos o agravamento da situação. Apesar de existirem muitas funções corporais com papel integrador, a circulação e a rede neurológica são os mais importantes. Continua na próxima postagem...