quinta-feira, 2 de março de 2023

O prazer é bem vindo para o cérebro: respeito à liberdade pessoal.

Continuação da postagem anterior... É frequente escutarmos que os mais idosos se sentem mais livres, menos dependentes da opinião alheia, são mais autênticos. Minha mãe, quando fiz 60 anos, disse-me alegremente “que bom, filha, agora você pode fazer tudo”, ou seja, viva a sua liberdade. Levei algum tempo refletindo para compreender essa sugestão de uma mãe muito inteligente. Na etapa de vida em que estamos quem gosta de nós vai gostar mesmo não concordando com nossas palavras, opiniões, atitudes e comportamentos e quem não gosta continuará a não gostar mesmo concordando conosco. Então, assuma, viva e encharque-se da sua liberdade. Mas, atenção seu único limite é a sua consciência. Os povos asiáticos, atentos e observadores da vida, parece já terem descoberto, há muitos anos, os benefícios produzidos por “fazer o que se gosta”, ou seja, respeitar as preferências essenciais que estimulam o indivíduo a viver. A ciência moderna dá-lhes razão. Concluindo, sentir prazer é uma das fontes de vitalidade e um alimento necessário ao nosso cérebro e ao nosso corpo. É um dos pilares do cuidado adequado porque pode retardar a degeneração do seu organismo e desacelerar o processo de envelhecimento. Da parte dos outros, a paciência conosco, o carinho, a ternura, o mimo, o agrado, o sexo, o reconhecimento, a amizade, os elogios, os estímulos carinhosos e outros da mesma natureza são “pílulas” de vitalidade e podem retardar a degeneração natural da idade. Da nossa parte, é vital ser autêntico, respeitar quem realmente somos, o que realmente queremos, independentemente da opinião ou dos valores dos outros. Não podemos ajudar ou fazer outras pessoas felizes se não nos respeitamos a nós próprios. Alguns chamam isso de liberdade pessoal. Dizem que a idade proporciona e aumenta essa liberdade nas pessoas. Aceitar-se, respeitar-se e conviver bem conosco é a chave de uma vida saudável mais longa. Por tudo isso, decidi, há muitos anos, não abdicar daquilo que é essencial na minha vida. Quanto mais saudáveis forem minhas atitudes maiores são as chances de minhas células manterem-se saudáveis.