quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Gripes? Diarreias? Lavar as mãos - Parte II (ampliada)

Continuação da postagem anterior... Os efeitos positivos na diminuição das infecções com a higienização das mãos não é um conhecimento novo. No Século XIX, um médico, Semmelweis, mostrou que a lavagem das mãos, antes de tocar em uma parturiente, poderia diminuir significativamente as infecções nessas mulheres e poupá-las da morte. Atualmente, inúmeras publicações científicas comprovam que essa estratégia, além de barata, é fácil de ser executada, não exige recursos sofisticados e pode ser executada na maior parte dos locais que habitamos. Também a literatura científica constata e prova que há uma relação estreita entre a higienização das mãos e a redução de infecções. Quanto maior o número de lavagens, maior é a redução das infecções. E não é só isso. A maneira de lavar as mãos pode aumentar a eficácia do procedimento. Não é só lavar, o ideal é lavar de forma eficiente. Quantas vezes, nos últimos meses, tivemos infecções respiratórias (pneumonias, gripes, resfriados, tosses), infecções gastrointestinais (diarreias, vômitos e outros), infecções urinárias, infecções de pele (dermatites, micoses, pruridos, ardores na pele) e muitas outras? Será que foram provenientes de não lavarmos as mãos em algum momento importante? Ou se agravaram por descuido nosso ou da equipe de saúde? Assim, nós, idosos, temos que adquirir o hábito extremamente saudável de lavarmos as nossas mãos. As questões mais importantes são “quando” e “como”. Para responder as questões relacionadas com o “quando” não consegui encontrar estudos científicos que respondam a estas questões, no contexto cotidiano e doméstico. Por esse motivo eu criei, para meu uso particular, umas regras relacionadas à lavagem das minhas mãos com base na minha sensatez, experiência (sou enfermeira) e conhecimento. Assim, eu tento não me esquecer de lavar as mãos: - Quando chego em casa para evitar trazer os inúmeros micróbios das minhas várias tarefas realizadas fora de casa. Em todas elas eu sei que usei as mãos, no volante e na mudança das marchas do carro, no trabalho, na academia, nas lojas, nos departamentos públicos, etc. - Antes das refeições porque, sem querer, mexemos nos talheres, no pão, no copo, no guardanapo e nos pratos. Possivelmente, coçamos os olhos, mexemos na boca ou passamos as mãos no rosto e na roupa. - Após qualquer ferimento, arranhão ou prurido. Esse cuidado dispensa, na maioria das vezes, o uso adicional de antissépticos. - Imediatamente após o uso do banheiro. - Sempre após manipular o lixo. - Antes de fazer qualquer atividade na cozinha, relacionada a alimentos. - Ao chegar a casa da minha filha porque ela tem filhos pequenos e as crianças, como os idosos, são mais frágeis e vulneráveis. Procuro sempre não mexer nas mãos e pés dos bebés porque eles adoram levar as mãos e os pés à boca. - Quando acabo a musculação na academia, fonte bastante perigosa pelo uso das mãos nos vários equipamentos já muito manuseados por outros clientes. - Quando volto da manicure onde me cortam a cutícula. Previno micoses e infecções. Continua na próxima postagem...