quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Vamos ajudar os jovens? Como podemos fazer isso?

Continuação da postagem anterior... Será que um bom relacionamento com nossos filhos, alunos e jovens amigos tem impacto na nossa saúde? A minha experiência informa-me que é imprescindível ao meu bem-estar. Eles nos informam sobre como se vive melhor no novo mundo, pouco conhecido para nós. Ajudam-nos a adaptar a ele e a adquirir e desenvolver as habilidades necessárias para conviver com as novas gerações, os novos costumes e as novas formas de fazer as coisas. Conheço idosos que se afastam do que gostam por não poderem se adaptar, resmungam e reclamam porque as coisas são diferentes, sofrem com problemas evitáveis porque não adotam maneiras alternativas de viver e são infelizes e solitários porque se recusam a mudar. Não podemos esquecer que o mundo é como é e a nossa postura não vai mudá-lo. O melhor é adotarmos novas formas de viver e aprender novas habilidades. Faz bem para o nosso cérebro, para a nossa vida e o mundo nos parecerá mais positivo. Dá saúde conviver com os jovens. Conviver com as novas gerações passou a ser “meu desejo de consumo”. Acho isso muito saudável e alegre. Como podemos ajudar os jovens a compreender-nos melhor? Uma das primeiras atitudes é explicar aos jovens os motivos que nos levam a pedir ou fazer coisas que eles não compreendem e mostrar-lhes os aspectos da nossa vida que nos fazem ser diferentes. Meu filho, há algum tempo, mostrou-me que não concordava com algumas atitudes minhas em relação ao gerenciamento do meu patrimônio. Ele achava que eu estava perdendo dinheiro com o tempo que demorava a tomar as iniciativas e sugeria outras formas mais eficientes de atuar. Concordei com ele e disse-lhe que eu já havia percebido isso e que gostaria de atuar com mais rapidez. Mas, expliquei-lhe como estava a minha vida com o aumento da minha idade. Disse-lhe assim: “Na verdade, não estou conseguindo dar conta de todas as tarefas necessárias para tal e não estou conseguindo muita ajuda. Com a pandemia e a perda do meu emprego, deixei de ter empregada e tive que assumir todas as atividades domésticas (cozinhar, fazer supermercado, lavar e passar roupa, arrumar a casa, controlar contas no banco, fazer pagamentos, fazer compras necessárias e outras). A minha idade também me consome mais tempo com a academia de ginástica, caminhadas e outros exercícios, mais consultas médicas, exames clínicos mais frequentes e mais controles de medicação. Também não posso deixar de manter os contatos familiares, as reuniões de amigos aqui em casa e fora de casa, manter atividades desafiantes para meu cérebro, como ler, fazer pesquisas bibliográficas, estudar e criar textos para o meu blog, manter a correspondência em dia, divulgar o blog, cuidar de algumas plantas e outras. Já estou com algumas limitações de visão e audição que gerencio e exigem cuidados com os aparelhos, baterias e óculos especiais. Tudo isso exige tempo. Este panorama não me assusta e nem me tira a alegria de viver, mas exige um bom planejamento e a definição das atividades prioritárias e das secundárias. Para manter um ritmo de vida saudável sou obrigada a deixar de lado ou atrasar algumas tarefas e aquelas ligadas à gestão do patrimônio acabam ficando mais abandonadas. Esse retrato da minha vida cotidiana é novo para mim, e obriga-me a levar mais tempo para refletir e tomar decisões. Gosto de trocar impressões com vocês, meus filhos, porque seus questionamentos fazem-me pensar, tornar a raciocinar e resolver problemas. Isso obriga-me a renovar o planejamento, o que beneficia a minha vida”. Continua na próxima postagem