quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Vamos ajudar os jovens? Algumas outras dicas.

Continuação da postagem anterior.... Em geral, uma boa explicação é suficiente, mas há atitudes nossas difíceis de explicar; eles só as vão compreender quando chegarem à nossa idade e terem uma vivência da própria condição de velho. As inúmeras experiências dolorosas e desagradáveis nos marcaram profundamente e originam atitudes que os jovens não compreendem, como por exemplo, as nossas desconfianças, os nossos medos e inseguranças e as recusas em enfrentar alguns desafios. O nosso corpo já não é confiável, os nossos órgãos dos sentidos não estão tão alertas, o nosso cérebro está mais lento, as nossas funções orgânicas não respondem com a rapidez e precisão da juventude. Estamos sempre com mudanças inesperadas em nós mesmos. Todos os dias encontramos alterações e novidades, nem sempre agradáveis, nem sempre fáceis de contornar e nem sempre bem compreendidas por nós. Calar, às vezes, é o mais sábio. Produz menos reações negativas, origina menos incompreensões e ocasiona menos tumulto. Se nós não compreendemos, como fazer o outro compreender? Ensine os jovens a ensiná-lo. Primeiro, você, idoso, tem que colocar de lado o seu medo do “não saber”, a vergonha de assumir sua ignorância e a timidez para pedir ajuda para aprender. Depois, deixe-o começar a ensiná-lo, devagarzinho informe-o do que quer, quais os detalhes mais importantes, anote o passo a passo e peça-lhe paciência. Diga-lhes que, para o idoso, a impaciência funciona como agressividade. A sua paciência também pode abrir muitas portas. Uma dica importante, elogie-os quando acertam e mostre-lhes que está aprendendo; reconheça o esforço deles. Não esqueça que alguns jovens também têm dificuldade em ensinar; nem todos são professores natos. Por último, mas não menos importante, é a sua atitude frente às incompreensões ou interpretações incorretas deles. A primeira atitude desejável é ouvi-los com atenção; não se perturbar porque não foi aquilo que você quis dizer ou não foi essa a sua intenção; não reaja antes de compreender o que eles sentiram. Não diga nada se não tiver compreendido bem. Mais tarde, “quando a poeira tiver baixado” converse com calma. Há algumas explicações que você pode usar, como: são vícios de avós, são hábitos muito arraigados, são produtos da nossa ignorância e outros do mesmo estilo. Eles entenderão muito bem e farão as pazes com facilidade. Desejo que todos os jovens de hoje, sejam os velhos de amanhã e que sejam mais sábios porque os velhos de hoje os ensinaram. Continua na próxima postagem...