Caixas e recipientes de laca preta e pintura a ouro, chineses, próprios para jogo de cartas, do Séc. XIX |
Continuação da postagem anterior......
Os
autores aconselham algumas estratégias para cada pessoa descobrir a sua própria
força motriz, a essência da sua vida: A) Não atuar de forma automática. Todo o dia tentar encontrar seus próprios
gostos e pendores. Afinal, o que realmente o faz feliz? B) Não se comparar a
outros, não desejar nada por ter visto em outros. Você é único. C) Todos nós
temos potenciais, vivências e habilidades que nos diferenciam dos outros. Temos
que respeitar essas especificidades. D) Transformar esse “ikigai” no nosso
estilo de vida. E) Encontrar seu “ikigai” entre as coisas que lhe dão energia
todas as manhãs, atividades que queira aperfeiçoar e investir o seu tempo. F)
Para viver segundo o seu “ikigai” é necessário abandonar e deixar de lado
muitas coisas e exigirá de nós muita coragem. G) O estilo “ikigai” é o oposto
do conformismo, da passividade, do convencional. Temos que abandonar muitas
práticas adotadas pela maioria, decidir contrariando muitas opiniões, mas,
adotá-lo faz você sentir-se livre, motivado, feliz. Passa a ser um estado mental.
É
frequente escutarmos que os mais idosos se sentem mais livres, menos
dependentes da opinião alheia, são mais autênticos. Minha mãe, quando fiz 60
anos, disse-me alegremente “que bom, filha, agora você pode fazer tudo”, ou
seja, viva a sua liberdade. Levei algum tempo refletindo para compreender essa sugestão
de uma mãe muito inteligente.
Na etapa de vida em que estamos quem gosta de
nós vai gostar mesmo não concordando com nossas palavras, opiniões, atitudes e
comportamentos e quem não gosta continuará a não gostar mesmo concordando
conosco. Então, assuma, viva e encharque-se da sua liberdade. Mas, atenção seu único
limite é a sua consciência.
Os
povos asiáticos, atentos e observadores da vida, parece já terem descoberto, há
muitos anos, os benefícios produzidos por “fazer o que se gosta”, ou seja,
respeitar as preferências essenciais que estimulam o indivíduo a viver. A
ciência moderna dá-lhes razão.
Concluindo,
sentir prazer é uma das fontes de vitalidade e um alimento necessário ao nosso
cérebro e ao nosso corpo. É um dos pilares do cuidado adequado porque pode
retardar a degeneração do seu organismo e desacelerar o processo de envelhecimento.
Da
parte dos outros, a paciência conosco, o carinho, a ternura, o mimo, o agrado,
o sexo, o reconhecimento, a amizade, os elogios, os estímulos carinhosos e
outros da mesma natureza são “pílulas” de vitalidade e podem retardar a degeneração
natural da idade.
Da
nossa parte, é vital ser autêntico, respeitar quem realmente somos, o que
realmente queremos, independentemente da opinião ou dos valores dos outros. Não
podemos ajudar ou fazer outras pessoas felizes se não nos respeitamos a nós
próprios. Alguns chamam isso de liberdade pessoal. Dizem que a idade
proporciona e aumenta essa liberdade nas pessoas.
Aceitar-se,
respeitar-se e conviver bem conosco é a chave de uma vida saudável mais longa. Por
tudo isso, decidi, há muitos anos, não abdicar daquilo que é essencial na minha
vida.
Quanto mais saudáveis forem minhas
atitudes maiores são as chances de minhas células serem saudáveis.