Tacho de cobre do Séc. XIX, originado de uma família portuguesa, sobre um armário do artesanato mineiro, Séc. XX |
Todos nós sabemos que as nossas células só podem
ser saudáveis se forem bem alimentadas, ou seja, se receberem, em quantidades
corretas, todos os nutrientes de que necessitam. Os técnicos chamam nutrientes
a todas as substâncias que compõem o cardápio celular: proteínas, gorduras (ou
lipídeos), carboidratos (incluindo as farinhas e os açúcares), vitaminas, sais
minerais e água. Todos são essenciais e desempenham um papel indispensável para
que as nossas células possam exercer suas funções normais.
Também
é importante dar atenção à qualidade desses nutrientes. Substâncias tóxicas
como as que impregnam as cascas de frutas, excesso de sódio e sal, resíduos de
alimentos tostados demais, restos de azeite ou óleo queimado, águas sujas,
açúcar em excesso e outros devem ser evitados.
Como
é a minha alimentação? Quando vou organizar as minhas refeições sigo algumas
diretrizes que garantem a saúde do meu corpo e da minha mente e são oriundas do
meu conhecimento e da minha experiência.
Se
quero as minhas células bem alimentadas, tenho que lhes fornecer todos os tipos
de alimentos; quanto menos restrições existirem, maiores as probabilidades de
uma alimentação sadia. A primeira diretriz é, assim, o não radicalismo
alimentar; nem muito de um só, nem pouco de alguns. Só evito aqueles aos
quais sou alérgica.
Para
os indivíduos com muita idade são necessárias algumas adequações. O leite e
seus derivados, a carne, ovos, as aves e os peixes são fontes de proteínas e
estes nutrientes devem ser aumentados nos idosos porque há perda de massa
muscular que só pode ser estancada com a ingestão de proteínas e os exercícios.
A água deve ser oferecida com frequência porque os idosos perdem a capacidade
de sentir sede e correm maiores riscos de desidratação. Os técnicos aconselham
os idosos a alimentarem-se com poucas gorduras, pouco sal e pouco açúcar, mas enriquecer
as refeições com frutas e legumes variados.
Eu
sei que cada alimento fornece vários tipos de nutrientes e sei que alguns
nutrientes são necessários para que haja a assimilação de outros. Portanto,
quanto maior a variedade de alimentos, maior a possibilidade de fornecer
ao meu corpo uma quantidade de tipos de nutrientes maior. Assim, a segunda
diretriz é a adoção da variedade e a fuga da “monotonia alimentar”. Variedade
dentro de uma refeição, variedade ao longo do dia, variedade ao longo da semana
e do mês. Os idosos tendem a repetir seus hábitos e a fugir de novas
experiências o que os leva a comerem e beberem sempre as mesmas coisas; criam
hábitos muito arraigados. “Não gosto disto, não gosto daquilo, mas... nunca
experimentei.” Essa tendência forma um círculo pernicioso que impede a ingestão
de vários nutrientes importantes e pode alterar perigosamente o bom
funcionamento de seu organismo.
Estimulo
meus filhos e netos a experimentar todos os tipos de alimentos, a experimentar
receitas e preparações de pratos variados de forma a criar um acervo muito rico
de memória gustativa que, além de lhes fornecer nutrientes variados lhes
pode oferecer, também, conforto, prazer e boas lembranças. Acredito que idosos
oriundos de famílias que criam bons hábitos desde a infância têm maiores
probabilidades de se alimentarem com maior variedade.
Continua na próxima postagem......