sexta-feira, 1 de maio de 2020

As diretrizes da alimentação saudável (I)

         
Tacho de cobre do Séc. XIX, originado de uma família portuguesa, sobre um armário do artesanato mineiro, Séc. XX

Todos nós sabemos que as nossas células só podem ser saudáveis se forem bem alimentadas, ou seja, se receberem, em quantidades corretas, todos os nutrientes de que necessitam. Os técnicos chamam nutrientes a todas as substâncias que compõem o cardápio celular: proteínas, gorduras (ou lipídeos), carboidratos (incluindo as farinhas e os açúcares), vitaminas, sais minerais e água. Todos são essenciais e desempenham um papel indispensável para que as nossas células possam exercer suas funções normais.
            Também é importante dar atenção à qualidade desses nutrientes. Substâncias tóxicas como as que impregnam as cascas de frutas, excesso de sódio e sal, resíduos de alimentos tostados demais, restos de azeite ou óleo queimado, águas sujas, açúcar em excesso e outros devem ser evitados.
            Como é a minha alimentação? Quando vou organizar as minhas refeições sigo algumas diretrizes que garantem a saúde do meu corpo e da minha mente e são oriundas do meu conhecimento e da minha experiência.
            Se quero as minhas células bem alimentadas, tenho que lhes fornecer todos os tipos de alimentos; quanto menos restrições existirem, maiores as probabilidades de uma alimentação sadia. A primeira diretriz é, assim, o não radicalismo alimentar; nem muito de um só, nem pouco de alguns. Só evito aqueles aos quais sou alérgica.
            Para os indivíduos com muita idade são necessárias algumas adequações. O leite e seus derivados, a carne, ovos, as aves e os peixes são fontes de proteínas e estes nutrientes devem ser aumentados nos idosos porque há perda de massa muscular que só pode ser estancada com a ingestão de proteínas e os exercícios. A água deve ser oferecida com frequência porque os idosos perdem a capacidade de sentir sede e correm maiores riscos de desidratação. Os técnicos aconselham os idosos a alimentarem-se com poucas gorduras, pouco sal e pouco açúcar, mas enriquecer as refeições com frutas e legumes variados.
            Eu sei que cada alimento fornece vários tipos de nutrientes e sei que alguns nutrientes são necessários para que haja a assimilação de outros. Portanto, quanto maior a variedade de alimentos, maior a possibilidade de fornecer ao meu corpo uma quantidade de tipos de nutrientes maior. Assim, a segunda diretriz é a adoção da variedade e a fuga da “monotonia alimentar”. Variedade dentro de uma refeição, variedade ao longo do dia, variedade ao longo da semana e do mês. Os idosos tendem a repetir seus hábitos e a fugir de novas experiências o que os leva a comerem e beberem sempre as mesmas coisas; criam hábitos muito arraigados. “Não gosto disto, não gosto daquilo, mas... nunca experimentei.” Essa tendência forma um círculo pernicioso que impede a ingestão de vários nutrientes importantes e pode alterar perigosamente o bom funcionamento de seu organismo.
            Estimulo meus filhos e netos a experimentar todos os tipos de alimentos, a experimentar receitas e preparações de pratos variados de forma a criar um acervo muito rico de memória gustativa que, além de lhes fornecer nutrientes variados lhes pode oferecer, também, conforto, prazer e boas lembranças. Acredito que idosos oriundos de famílias que criam bons hábitos desde a infância têm maiores probabilidades de se alimentarem com maior variedade.
Continua na próxima postagem......