quinta-feira, 23 de abril de 2020

Período de distanciamento social: o que fazer?


 
ROMA é minha assistente pessoal é uma metamorfose da minha personalidade Pode-se dizer que é um avatar. Seu perfil e suas tarefas podem ser encontrados em Quem somos.
E agora, o que faço? Estou isolada de pessoas, saindo o mínimo necessário, cumprimentando a distância, usando máscaras, mandando recados pelo WhatsApp, contatando por telefone e conversando por e-mail!!!! E, se não fizer alguma coisa, como afastar as preocupações, o medo e a angústia? Que bomba é essa Covid-19!!!!
            Também se fica doente por não fazer nada. Portanto, resgata-se a criatividade, põe-se a flexibilidade em funcionamento e cria-se coragem para experimentar novas atividades. Talvez nos beneficiemos com essas mudanças porque, afinal, o cérebro precisa de ginástica. A vida exige e nós queremos viver e ser felizes. A realidade do mundo está em mudança e, possivelmente, a flexibilidade vai ser um dos potenciais necessários no futuro.
            Estou juntando várias ideias, novas e velhas, minhas e de amigos idosos em isolamento social, sobre como se divertir e aproveitar bem o tempo sem sair de casa.
            Lembrei-me de quantas vezes sonhei por ter um tempinho livre. Agora tenho.
Comecemos por aquilo que já estou fazendo:
- Logo que acordo, abro janelas e cortinas na casa inteira. Quero muita luz e um ambiente muito arejado. Enquanto preparo e tomo o café da manhã, planejo o que fazer durante o dia, respeitando as prioridades e necessidades e anoto na folha da minha rotina. Elaborei uma rotina de vida na “clausura”.
- Meu primeiro pensamento é para este blog. Vou verificar as estatísticas, estudo os artigos para o próximo texto, respondo os comentários dos leitores, crio as postagens e executo atividades de divulgação. Muitas vezes planejo uma sessão de fotos ou realizo-a.
- A seguir, começo os meus cuidados pessoais, calmamente, sem pressa. Aproveito o final do meu banho bem quente para passar os meus cremes nos pés, no corpo e no rosto, arrumar bem o cabelo, vestir-me e enfeitar-me até ficar contente quando olho no espelho.
- Vou fazer exercícios funcionais. Hoje caminhei 19 quarteirões por rua deserta. Ao ar livre, é bom respirar devagar e profundamente. Ainda vou treinar nas escadas subindo alguns andares e descendo. No dia 30/01/2020 a Roma postou um texto sobre exercícios funcionais. Os meus programas para alternar os exercícios já estão prontos.
- Arrumação de gavetas, armários, baús, limpezas mil, atividades domésticas e descarte de objetos velhos, inúteis, já está na lista das futuras atividades.
- Já entrei no site da livraria para estudar quais livros vou ler, nos próximos dias. Estou terminando alguns que têm me dado muito prazer. Um amigo deixou na minha porta um caixote com revistas de decoração que nunca ficam ultrapassadas. Sempre têm boas ideia e fotos lindas.
- Preocupo-me com a alimentação cheia de verduras, frutas, sucos e proteínas. As minhas células precisam de nutrientes saudáveis e variados. Uma boa imunidade vai proteger-me. Ainda por cima, as atividades domésticas podem nos manter ativos e tranquilos. Tudo é atividade.
- Preocupo-me com a hidratação e lembro-me que os idosos perdem a sensação da sede e precisam estar mais alertas e hidratar-se mesmo sem sede.
- Cozinhar e preparar a lista do supermercado semanal já integram a minha rotina. Tudo é atividade que ocupa a nossa cabeça de forma saudável.
- Todos os dias procuro o sol ao levantar porque tomar sol em algum lugar do meu corpo tem que ser planejado. A vitamina D é essencial. Se o sol sair vou ficar exposta por meia hora (sem protetor solar). Poderia ser menos, mas a roupa cobre uma grande parte do corpo e o sol não está a 30 graus.
- Na minha lista de atividades interessantes já consta a costura. Tem tantas coisas que quero reformar ou arrumar!!!!! Já fiz algumas máscaras para amigos e para mim. Vou continuar a aproveitar restos de tecidos que guardei.
- Acabo de aderir à ideia de “adotar pessoas” e pensar nos amigos isolados, principalmente idosos, que têm mais dificuldades, limites, depressão e angústias. Manter contacto, conversar virtualmente, tirar dúvidas, impedir o pânico e mostrar acolhimento e carinho. Faz bem para os outros e para nós que também somos sensíveis e frágeis. Já adotei 7 pessoas. E, algumas, já me adotaram.
- Durante alguns minutos por dia aprendo e pratico meditação; mais no estilo do “mindfullness” ou “atenção plena”.
- Acrescentei a percussão corporal que, segundo Ivaldo Bertazzo, ativa as células, melhora a respiração e exercita alguns músculos e tendões. Estou na fase de aprendizagem e treinamento. Os exercícios respiratórios são sagrados todos os dias.
- Na lista ainda há programas alternativos para lazer, tipo novelas na TV, escutar música (ou, para os que sabem, tocar instrumentos), vídeos de Youtube, um filminho bem interessante e livros, livros, livros. Gostaria de aprender a lidar com o Instagram e o Facebook; só tenho que encontrar uma alma paciente que possa ensinar-me.
A vida é assim. De repente um tsunami virótico que abala todas as rotinas e todos os comportamentos sociais. Todos os dias novas e abundantes informações sobre o super célebre Coronavirus que causa a COVID-19 e ficamos atarantados e inseguros. A nossa resiliência e flexibilidade são postas à prova! Vamos sair desta experiência melhores do que éramos.