quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Vamos ao médico? (II)


          
Dois inaladores de porcelana, ingleses, do Séc. XIX

Continuação da postagem anterior...... 
Continuando a falar de médicos, ele, o meu médico, deve estar em condições de dar a “última palavra”, a última opinião, sobre o meu problema. No meu caso, em geral, esses médicos são aqueles que os próprios médicos procuram. Gosto de usar os médicos a quem os próprios médicos recorrem.
            E quando eu consigo encontrar esse profissional, o que ele diz passa a ser “sagrado”. Faço-lhe todas as perguntas que preciso, esclareço todas as dúvidas e procuro fazer tudo o que ele sugere. É a forma que encontrei para colocar o conhecimento médico mais moderno e acessível a serviço do meu bem-estar. O dinheiro que gasto, considero um investimento.
            A experiência ensinou-me, também, que frente a qualquer indício de problema, devo procurar informações para saber se, na realidade, é um problema que merece atenção. Dessa forma, tenho escapado de encrencas graves porque apanho a alteração no início da sua instalação. Se, em um exame aparece algum motivo de alerta, vou imediatamente procurar informações até ter certeza de qual caminho devo seguir. Já escapei de três cânceres.
            Concordo que não é fácil aceitar a fragilidade, conviver com a eterna vigilância e passar muito tempo atrás de médicos, exames e tratamentos. Mas a alternativa oposta é muito perigosa. Não posso desistir da minha integridade.
            É o dentista, o oculista, a fisioterapeuta, o fonoaudiólogo, o ginecologista, o urologista, o cardiologista, o cirurgião de pâncreas, o endocrinologista e o cirurgião vascular. Para que eu não seja “retalhada” com a visão específica de cada especialista e algum desses profissionais possa pensar no conjunto, no sistema todo, elegi um dos médicos para coordenar todos os meus dados de saúde. Vou ao cardiologista três vezes por ano e levo-lhe os exames, resultados e opiniões dos vários especialistas. Tenho certeza que ele estará atento para qualquer incompatibilidade.
            Hoje, com o desenvolvimento da Geriatria, temos acesso a médicos geriatras que reúnem o que existe de melhor, teórico e prático, e mais moderno sobre a medicina dos idosos. Quando têm uma grande experiência, são os especialistas mais indicados para cuidar do nosso “todo”, controlar os resultados dos nossos exames, compatibilizar nossas várias medicações e responder às nossas perguntas sobre o envelhecimento. Se optarmos por um clínico geral bem formado, atualizado e com boa experiência podemos, também, obter bons resultados.
 Para facilitar a minha vida, organizei um caderno com todos os nomes, contatos, datas das consultas e exames de saúde realizados e a periodicidade recomendada. Qualquer dúvida, consulto o caderninho que vai comigo em todas as viagens mais longas. Procuro estar sempre em dia com a minha saúde. Ela é o principal pilar do meu bem-estar, da minha independência e da minha autonomia.