Dois inaladores de porcelana, ingleses, do Séc. XIX |
Continuação da postagem anterior......
Continuando
a falar de médicos, ele, o meu médico, deve estar em condições de dar a “última
palavra”, a última opinião, sobre o meu problema. No meu caso, em geral, esses
médicos são aqueles que os próprios médicos procuram. Gosto de usar os médicos
a quem os próprios médicos recorrem.
E quando eu consigo encontrar esse
profissional, o que ele diz passa a ser “sagrado”. Faço-lhe todas as perguntas
que preciso, esclareço todas as dúvidas e procuro fazer tudo o que ele sugere.
É a forma que encontrei para colocar o conhecimento médico mais moderno e
acessível a serviço do meu bem-estar. O dinheiro que gasto, considero um
investimento.
A experiência ensinou-me, também,
que frente a qualquer indício de problema, devo procurar informações para saber
se, na realidade, é um problema que merece atenção. Dessa forma, tenho escapado
de encrencas graves porque apanho a alteração no início da sua instalação. Se,
em um exame aparece algum motivo de alerta, vou imediatamente procurar
informações até ter certeza de qual caminho devo seguir. Já escapei de três
cânceres.
Concordo que não é fácil aceitar a
fragilidade, conviver com a eterna vigilância e passar muito tempo atrás de
médicos, exames e tratamentos. Mas a alternativa oposta é muito perigosa. Não
posso desistir da minha integridade.
É o dentista, o oculista, a
fisioterapeuta, o fonoaudiólogo, o ginecologista, o urologista, o
cardiologista, o cirurgião de pâncreas, o endocrinologista e o cirurgião
vascular. Para que eu não seja “retalhada” com a visão específica de cada
especialista e algum desses profissionais possa pensar no conjunto, no sistema
todo, elegi um dos médicos para coordenar todos os meus dados de saúde. Vou ao
cardiologista três vezes por ano e levo-lhe os exames, resultados e opiniões
dos vários especialistas. Tenho certeza que ele estará atento para qualquer
incompatibilidade.
Hoje, com o desenvolvimento da
Geriatria, temos acesso a médicos geriatras que reúnem o que existe de melhor,
teórico e prático, e mais moderno sobre a medicina dos idosos. Quando têm uma
grande experiência, são os especialistas mais indicados para cuidar do nosso
“todo”, controlar os resultados dos nossos exames, compatibilizar nossas várias
medicações e responder às nossas perguntas sobre o envelhecimento. Se optarmos
por um clínico geral bem formado, atualizado e com boa experiência podemos,
também, obter bons resultados.
Para facilitar a minha
vida, organizei um caderno com todos os nomes, contatos, datas das consultas e
exames de saúde realizados e a periodicidade recomendada. Qualquer dúvida,
consulto o caderninho que vai comigo em todas as viagens mais longas. Procuro
estar sempre em dia com a minha saúde. Ela é o principal pilar do meu bem-estar,
da minha independência e da minha autonomia.