quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Gripes? Diarreias? Lavar as mãos II



Lavatório de ferro com bacia de porcelana, português, do Séc. XIX
(continuação do texto anterior)

            Quantas vezes, nos últimos meses, tivemos infecções respiratórias (pneumonias, gripes, resfriados, tosses), infecções gastrointestinais (diarreias, vômitos e outros), infecções urinárias, infecções de pele (dermatites, micoses, pruridos, ardores na pele) e muitas outras? Será que foram provenientes de não lavarmos as mãos em algum momento importante? Ou se agravaram por descuido nosso ou da equipe de saúde?
            Assim, nós, idosos, temos que adquirir o hábito extremamente saudável de lavarmos
as nossas mãos. As questões mais importantes são “quando”, e “como”.
            Para responder as questões relacionadas com o “quando” não consegui encontrar
estudos científicos que respondam a estas questões, no contexto cotidiano e doméstico. Por
esse motivo eu criei, para meu uso particular, umas regras relacionadas à lavagem das
minhas mãos com base na minha sensatez, experiência e conhecimento. Eu tento não me
esquecer de lavar as mãos:
- Quando chego em casa para evitar trazer os inúmeros micróbios das minhas várias tarefas
realizadas fora de casa. Em todas elas eu sei que usei as mãos, no volante e na mudança das
marchas do carro, no trabalho, na academia, nas lojas, nos departamentos públicos, etc.
- Antes das refeições porque, sem querer, mexemos nos talheres, no pão, no copo, no
guardanapo e nos pratos. Possivelmente, coçamos os olhos, mexemos na boca ou passamos
as mãos no rosto e na roupa.
- Imediatamente após o uso do banheiro.
- Antes de fazer qualquer atividade na cozinha, relacionada a alimentos.
- Ao chegar a casa da minha filha porque ela tem filhos pequenos e as crianças, como os
idosos, são mais frágeis e vulneráveis. Procuro sempre não mexer nas mãos e pés dos bebês
porque eles adoram levar as mãos e os pés à boca.
- Quando acabo a musculação na academia, fonte bastante perigosa pelo uso das mãos nos
vários equipamentos já muito manuseados por outros clientes.
- Quando volto da manicure onde me cortam a cutícula. Previno micoses e infecções.
            Em relação ao “como”, já podemos encontrar muitos estudos produzidos pelas
instituições de pesquisa e orientações originadas nos órgãos públicos nacionais e
internacionais, preocupados com essa fonte de contágio. A Organização Mundial de Saúde
(OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), nos últimos anos, têm
divulgado várias orientações sobre como higienizar as mãos, principalmente, dirigidas para
os profissionais e as instituições de saúde.
Como não há orientações específicas para o contexto doméstico, a partir das
recomendações oficiais, elaborei uma técnica simples e barata que, acredito, é eficaz, com
o uso de água e sabão:
- Molhe as mãos com água.
- Aplique sabão em todas as superfícies das mãos.
- Esfregue várias vezes as mãos palma com palma.
- Esfregue a palma de uma das mãos sobre o dorso da outra mão. Repita o movimento
trocando as mãos.
- Esfregue palma com palma entrelaçando os dedos para limpar todas as faces de todos os
dedos. Esfregue bem ambos os polegares.
- Enxágue com água.
- Seque as mãos com uma toalha limpa e, com ela, feche a torneira.
Algumas recomendações práticas:
- Na sua casa, mantenha sempre pias, sabonetes e toalhas limpas e prontas para uso.
- Recomende aos familiares próximos, empregados e conhecidos o uso dessa estratégia.
- Dê o exemplo às pessoas de sua proximidade.
            Pode-se, também, esfregar as mãos com gel de alcool Etílico a 70% (Nota: não podem ser usadas outras porcentagens) o que produz uma boa antissepsia, seca naturalmente e é fácil de usar.