quinta-feira, 27 de junho de 2024

Autoconhecimento: um dos pilares do cuidado com a saúde (revisto) – Parte I

Como diz a palavra, autoconhecimento é o conhecimento da pessoa sobre ela mesma. Conhecer-se é fundamental para saber como nos cuidar, especificamente em relação à saúde. Controlar as emoções, conhecer os limites, captar os sentimentos e os motivos que nos fazem agir, interpretar as sensações e perceber alterações físicas ocorridas são algumas das vantagens do autoconhecimento. Sem isso, não podemos procurar as soluções e opções mais adequadas. Nós não somos aquilo que gostaríamos de ser, nem física, nem mentalmente; somos o resultado da nossa genética, do conhecimento da ciência, do ambiente em que vivemos, do estilo de vida que temos e das experiências vividas. Por isso somos únicos. Não temos grande poder sobre a nossa construção e composição física ou nossa personalidade. Precisamos experimentar, analisar, observar, refletir, viver, interagir, para nos conhecermos em cada situação. Quem não viveu a situação não a conhece e não conhece a si próprio frente a ela. Imaginar não é saber. Além disso, não somos todos os dias iguais, mudamos a cada segundo. Em síntese, somos o ser mais complexo, difícil e sofisticado que existe sobre a terra. O processo de se autoconhecer é lento, exige muita atenção, muito cuidado, muita reflexão e muita observação. Requer, também, conhecimento sobre os acontecimentos passados e seus efeitos e informações sobre sua história familiar. A genética comanda entre 25% a 40% daquilo que somos. A maioria das mulheres da minha idade foi educada e mantida longe do conhecimento do seu corpo, era “feio” mexer nele, era “feio” mostrá-lo; quanto mais fechada e comprida a roupa das meninas, mais apreciada. Menina tinha que não aparecer, manter-se escondida do público. Até o espelho, por vezes, era desestimulado. Recato incluía, não afastar os braços do corpo em público, não os movimentar em demasia para não chamar a atenção. Com essa postura, eu e minhas contemporâneas pouco sabíamos do nosso físico, de suas formas e de suas sensações. Somente mais velhas, começamos a explorar nosso corpo. Continua na próxima postagem...

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Os melhores remédios estão com você – Parte III (acrescentado)

Continuação da postagem anterior... Vamos guardar estas dicas: São remédios complementares que não se compram na farmácia: - Manter uma vida muito ativa, com espaços regulares e adequados para o repouso - Fazer exercícios físicos regularmente - Alimentar-se com uma dieta saudável e diversificada. - Seja alguém independente da opinião dos outros - Organizar uma rotina que favoreça boas noites de sono. - Não esquecer a medicação prescrita pelo médico - Ser feliz. O prazer e o riso fácil são ótimos remédios - Interagir com amigos e conhecidos agradáveis e bons companheiros. - Saber dizer não de forma educada. - Só gastar o seu tempo com atividades ligadas ao bem e à positividade. - Tomar sol com segurança, nos horários adequados. - Prevenir o estresse, a ansiedade e a melancolia - Respirar, de preferência, ar mais puro. - Conquistar independência e autonomia. - Saber afastar tudo e todos que não lhe fazem bem. Para finalizar gostaria de contar que, alguns anos atrás, um médico bastante sábio receitou, com o formato de medicação, a aquisição de um animal de estimação para uma parente minha. Antigamente, só tinha um animal de estimação aqueles que gostavam e tinham condições para o manter. Atualmente, a solidão dos idosos e a alta mobilidade das pessoas ocasionam muitas dificuldades para se fugir da solidão. Um companheiro de 4 patas pode ocupar um lugar importante na vida de algumas pessoas. É um remédio ao nosso alcance.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Os melhores remédios estão com você – Parte II (atualizado)

Continuação da postagem anterior... Sempre que sinto alguma alteração no meu organismo, alguma dor, tontura, febre e outras começo por procurar um médico e seguir suas orientações. Mas, paralelamente, começo a refletir sobre o que posso fazer para ajudar meu corpo a normalizar-se. Ponho em ação “os remédios que estão comigo”. Revejo meus comportamentos de saúde e fico mais rigorosa com sua adequação, ou seja, se não houver contraindicação, aumento os exercícios, tomo mais líquidos, melhoro a alimentação em variedade e qualidade, procuro dormir mais e tomar sol, respeito com mais afinco meus horários biológicos, faço mais vezes meditação, aumento o meu lazer e fontes de prazer e ponho o cérebro a enfrentar mais desafios e a fazer ginástica e assim por diante. Muitas vezes, vou ao médico só para contar-lhe como melhorei e peço-lhe para conferir. Durante esta última pandemia, esses remédios que eu posso usar sem receita médica ajudaram-me a resolver muitas coisas. O estresse com as notícias sobre o novo corona vírus causou-me crises de aumento da pressão arterial, crise de labirintite, início de desidratação, sensações de angústia e apertos no peito, e mal estar geral que foram sanados com duas chegadas até ao Pronto Atendimento e os “remédios que estão comigo”. Os médicos que procurei foram excelentes; indicaram-me desligar a televisão, tomar chá de camomila, conversar por telefone com amigos e ler muitos romances. Obedeci-lhes e não utilizei nenhum recurso farmacológico. Outra importante orientação é aprofundar o nosso autoconhecimento. Nós não somos o que queremos ser e, muitas vezes nos observamos como gostaríamos de nos ver. Tire a poeira dos olhos e observe-se como realmente é, sem mascarar o resultado. “Entre na real”, como se dizia antigamente. Nós não nos conhecemos a não ser quando aceitamos os resultados das nossas vivências. Os indivíduos de muita idade, conhecem sua história, conhecem muitas coisas de seus antepassados e conhecem suas interações com o mundo. Portanto, podem-se conhecer muito melhor se se olharem cuidadosamente e não se iludirem. Essas observações são essenciais para conduzirem suas decisões sobre você mesmo. Aprenda a aceitar-se, a amar-se e a respeitar-se. Dessa forma, os outros vão aceitar você, a amá-lo e a respeitá-lo. Experimente sempre que possível, observe-se e aceite os resultados. Finalmente, se você é uma pessoa com muita idade, não se espante com o fato do seu corpo estar muito diferente do que era. As alterações externas são fáceis e rápidas para serem descobertas. Mas as internas nos surpreendem todos os dias. Agora, o corpo demora para reagir, exige espera e paciência; só dois dias depois eu percebo que exigi demais de um músculo. É mais frágil; qualquer batida exige gelo na hora para a pele não ficar roxa. As sensações estão mais lentas e sutis; a fome, a sede, o frio e outras são sentidos de maneira diferente ou muito suavemente. Exige maior vigilância e observações constantes. O corpo mudou e continuará a mudar. O corpo fala e você tem que o entender. Aceite, assimile e se adapte; treine a sua flexibilidade. Portanto, mantenha suas células saudáveis e você terá mais saúde. Use os remédios que estão em você. Uma vida saudável gera saúde. Mas, não pode ter pressa, o corpo é muito demorado. Continua na próxima postagem...

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Os melhores remédios estão com você – Parte I (atualizado)

Os cientistas são unânimes em afirmar que o prolongamento do envelhecimento saudável depende da genética herdada, dos nossos comportamentos, do contexto que nos rodeia e do conhecimento científico. Desses quatro grupos de fatores, aqueles aos quais temos mais acesso e controle são as atividades comportamentais e os avanços científicos na área da saúde e medicina. Isso significa cerca de 60% ou mais de chance para ter uma velhice com qualidade de vida. Vale a pena lutar. Lembremos que o envelhecimento também é um processo natural, programado para acontecer inexoravelmente. As nossas células já nascem programadas para morrer. O que podemos fazer é mantê-las funcionando bem por mais tempo, o que significa prolongarmos a vida ativa e com qualidade. Vamos à luta! Todos nós sabemos que o nosso organismo é constituído por milhões de células; microscópicas unidades vivas adaptadas para exercerem funções específicas. Elas precisam estar saudáveis para realizarem suas funções de forma correta, precisa e competente. Por esse motivo o lema do meu blog é “Quanto mais saudáveis forem os nossos comportamentos, maiores são as probabilidades de nossas células serem saudáveis”. O nosso organismo estará saudável quando as nossas células estiverem com saúde. E, isso, em parte, depende de nossos comportamentos. Tenho lido notícias modernas sobre o papel dos exercícios físicos na prevenção de câncer, de Alzheimer, na reversão dos fatores que bloqueiam o emagrecimento e outros. Li, também, sobre o papel da melatonina, que induz o sono e é fabricada pelo cérebro, no combate a doenças psicológicas e no fortalecimento do sistema imunológico. Todos os dias são obtidos mais resultados que confirmam a importância de um ambiente saudável para as células se manterem sadias. A primeira orientação para o bom funcionamento celular é não esquecer nunca que “a própria execução da função é que mantém a capacidade das células, dos tecidos ou dos órgãos de a executarem“. Dito de outra maneira, é o exercício constante da função que mantém essa função eficiente. Consequentemente, o que o corpo não usa, degenera e morre. Se você quer manter suas pernas prontas para andar, tem que constantemente, andar; se você quer manter os dentes tem que mastigar muitas vezes; se quer manter a capacidade de calcular, tem que executar os cálculos com frequência; se quer ter boa postura, tem que estar sempre com a postura correta. Isso exige elaborar e respeitar uma rotina de bons hábitos. Portanto, o primeiro remédio que depende de mim é o uso constante de todas as nossas funções; ao abandonarmos uma atividade, como na aposentadoria, estamos trabalhando contra nós próprios se não a substituirmos por outra similar. A vida moderna nos poupa demais. Continua na próxima postagem...