quinta-feira, 2 de maio de 2024
Equilíbrio postural, fundamental para a mobilidade humana – Parte II
Continuação da postagem anterior...
Em resumo, o controle postural depende do funcionamento sincronizado, quase instantâneo e em perfeito estado, de um complexo sistema composto por vários órgãos. Em caso da existência de problemas, os profissionais especializados precisam estudar e analisar a exata origem da dificuldade. É no cérebro? Nos músculos? Nos ouvidos (labirinto)? Na visão? Na pele? Nos ossos, articulações, tendões e outros? Atualmente, a medicina já pode contar com o auxílio de vários exames complementares para decidir sobre o diagnóstico e a conduta terapêutica a seguir.
O envelhecimento vai degradando a habilidade das funções e tende a comprometer lentamente as várias partes do sistema do equilíbrio e da consciência corporal ocasionando quedas e acidentes extremamente graves. Essas quedas são as principais causas de internações hospitalares e, com frequência, produzem sequelas graves e até a morte em idosos.
Portanto, é necessário aprender e estar alerta para os sintomas da falta do equilíbrio e as intervenções para prevenir o desiquilíbrio e suas consequências. Esses episódios podem impedir as atividades cotidianas, a marcha, a manutenção dos contatos sociais e outros. Além disso, ocasiona uma grande insegurança e torna-se um fator impeditivo da vida ativa e independente do indivíduo. Entre os sintomas mais frequentes, destaca-se a tontura, a sensação de desiquilíbrio, as oscilações involuntárias do corpo, a sensação do ambiente rodando e a dificuldade de manter o corpo estável. O primeiro cuidado é procurar um médico para conhecer os aspectos que ocasionaram o episódio de desequilíbrio ou controle da postura corporal: alterações do sistema vestibular (no ouvido), alterações neuromotoras, diminuição da força muscular, medicação, estresse, desidratação, depressão e outras. Esse médico pode rever medicações, encaminhar a especialistas, orientar sobre os cuidados a tomar etc.
Quando acontece comigo, imediatamente aumento a hidratação, revejo se houve problemas de estresse, faço exercícios de relaxamento muscular, incluindo banhos mornos e descanso, passo creme nas plantas dos pés por serem muito bem servidos de terminações nervosas, aqueço os pés para aumentar a circulação local e fico alerta para observar as reações. Se não consigo sanar os problemas em algumas horas, vou ao médico. Os fisioterapeutas também são profissionais preparados para escolher os exercícios mais apropriados para sanar esses problemas.
Paralelamente, é importante a implementação vigorosa dos cuidados gerais, como exercícios, alimentação saudável, lazer, sono e repouso adequados, medicação correta e contínua, ginástica cerebral, autovigilância cuidadosa e outros que sejam possíveis. Sempre que algo não está correndo bem com nossas células, é necessário que reforcemos esses cuidados gerais para complementar o tratamento médico. Não podemos esquecer que os melhores remédios estão dentro de nós; o importante é ativá-los.
Continua na próxima postagem....