quinta-feira, 29 de junho de 2023

Líquidos em quantidade adequada: como monitorar o equilíbrio hídrico (ampliado)

Continuação da postagem anterior... Com a idade surgem algumas alterações fisiológicas próprias do envelhecimento que dificultam a manutenção do equilíbrio hídrico e que nos obrigam a ficar mais atentos. A sensação de sede que deve sinalizar a necessidade de ingestão hídrica está mais demorada e menos perceptível, a incapacidade física está mais limitante impedindo por vezes o acesso ao líquido e o uso de alguns medicamentos (diuréticos e laxantes) que aumentam as perdas de água. O consumo de líquidos também pode ser afetado pela existência frequente de problemas de dor, de visão e de deglutição. Uma baixa ingestão alimentar, o aparecimento de alterações cognitivas, o uso de sedativos e o medo da incontinência urinária são fatores que também podem impedir a ingestão adequada de água. Nesses casos há necessidade de intervenções mais precisas e bem definidas para que não se instale uma desidratação. Há vários estudos científicos que provam que o aporte adequado de líquido está associado a vários resultados positivos em idosos como menor número de quedas, melhoria nos níveis de sono durante a noite, menores taxas de constipação intestinal, confusão mental, delírios, insuficiência renal e infecções urinárias, febre por exposição a temperaturas elevadas e risco reduzido de câncer de bexiga nos homens. Consequentemente, as pessoas bem hidratadas auferem uma sensação geral de bem-estar. Alguns especialistas afirmam que líquidos com outras substâncias além da água (sucos, sopas, leite e outros) são preferíveis à água pura porque as perdas hídricas (suor, urina, lágrimas e outros) são acompanhadas de outros nutrientes, particularmente, o sódio. Existem alguns sinais que indicam a necessidade de aumentar rapidamente a quantidade de líquidos a serem ingeridos: confusão mental, delírios, secura da boca, fezes endurecidas ou constipação intestinal, pouca urina ou muito tempo sem urinar e tonturas. Também é importante ficar alerta, aumentar o consumo de bebidas e recorrer a cuidados médicos com maior urgência em casos de vômitos, febre, infecções e diarreia. A pessoa idosa é muito mais vulnerável a alterações do equilíbrio hídrico porque seus mecanismos já estão mais lentos e os estímulos levam mais tempo a produzir resultados. Em síntese, precisamos manter a atenção ligada nas quantidades de líquidos ingeridos e nas perdas dos líquidos eliminados. Este balanço é vital para todos, mas para os idosos as carências devem ser percebidas logo no início e as iniciativas de ajuste precisam ser mais rápidas. Os homens devem ficar mais atentos porque os estudos mostram que, em algumas comunidades, são os homens que apresentam maiores riscos. Uma dica importante é tentar adquirir o hábito de tomar líquidos sempre que urinar, sempre que fizer exercícios, ao acordar, ao chegar em casa após um passeio mais longo e outros momentos apropriados. Uma garrafinha ao alcance fácil de nossa mão também pode ajudar. Tudo que facilitar a memória e o acesso aos líquidos poderá ajudar. O importante é hidratar-se!!!!!!

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Líquidos em quantidade adequada: como funcionam?

Sopas, caldos, sucos, sumos, água de coco, chás, água, refrigerantes, coalhadas, iogurtes, café, leite e outros são alguns dos líquidos que ingerimos para repor o que gastamos e ainda podemos acrescentar frutas, legumes, carnes e peixes suculentos. Assim, pelo consumo alimentar conseguimos oferecer ao organismo a quantidade de líquidos necessária. Por outro lado, pelos órgãos de eliminação conseguimos excretar os resíduos líquidos resultantes do metabolismo fisiológico (urina, fezes, lágrimas, suor e saliva). Este processo de entrada e saída precisa estar muito bem monitorado e controlado para preservar a vida. Os líquidos que entram são responsáveis pelo transporte dos nutrientes para alimentar as células e os líquidos que são expelidos descartam os resíduos celulares para serem eliminados. Portanto, todos os órgãos podem ser atingidos por qualquer alteração no equilíbrio hídrico ou homeostase. O descontrole da homeostase resulta em desidratação ou hiperidratação, alterações que ocasionam grandes malefícios ao corpo humano. O problema mais comum entre as pessoas de muita idade é a desidratação. Segundo os cientistas a pessoa idosa tem seu corpo composto por aproximadamente 50% de líquidos, ou seja, metade do que somos é líquido. O aporte líquido adequado conserva todos os mecanismos em funcionamento, incluindo a função cerebral, preserva as estruturas dos tecidos e mantém estável a temperatura do corpo humano. A necessidade de líquidos pode mudar de indivíduo para indivíduo, mas existem alguns padrões estabelecidos pelos estudiosos e cientistas que podem ajudar na manutenção da vida saudável. A EFSA (European Food Safety Authority) recomenda a ingestão diária de 2,5 litros de água para homens e 2,0 litros para mulheres considerando o aporte de líquidos e o consumo alimentar. Essa quantidade deve ser aumentada em caso de temperaturas ambientais mais altas, atividades e exercícios físicos e o vestuário. Nos idosos esses valores também são válidos. O que altera é a rapidez para se tomarem medidas de ajuste ou adequações. Nos idosos as intervenções devem ser mais rápidas porque os prejuízos também tendem a ser com maior velocidade e a vulnerabilidade do idoso é mais alta. As pessoas de muita idade saudáveis devem beber mesmo sem ter sede, devem estar bem informadas sobre este assunto, precisam estar atentas aos fatores desencadeantes da desidratação, não beber uma grande quantidade de uma só vez para não causarem distensão gástrica e fazer uso de bebidas e alimentos muito variados para atender todas as suas necessidades. Além disso, o Ministério da Saúde, desde 2006, aconselha que se evitem refrigerantes e bebidas industrializadas e que se opte por água tratada, filtrada ou fervida para beber e preparar alimentos. Continua na próxima postagem...

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Os pés são a base do nosso corpo. Mais cuidados! (revisto e ampliado)

Continuação da postagem anterior... Os cuidados com os pés, principalmente nos idosos, ainda devem incluir a higienização, a hidratação da pele, os exercícios específicos e o cuidado com as unhas. A diária e eficiente higienização dos pés pode prevenir muitos problemas, incluindo frieiras, inflamações, infecções e feridas. Nos climas mais quentes é possível andar com chinelos laváveis e tomar sol (o sol é bactericida) nos pés o que favorece a manutenção de pés saudáveis, porém, com o contato com o chão, os pés ficam mais expostos à sujidade e às feridas. Por outro lado, nos climas frios, que exigem uso de sapatos fechados e meias, a higiene não pode dispensar a lavagem e a troca frequente das meias. Não se pode deixar, também, de salientar a importância da secagem dos pés como um todo e em especial nos espaços interdigitais prevenindo feridas, infecções e frieiras. As bactérias e os fungos crescem com mais intensidade em ambientes úmidos. A muita idade, o diagnóstico de diabetes, problemas circulatórios, lesões abertas ou deficiência imunológica são fatores que exigem uma atenção redobrada em relação a esses cuidados de higiene. Quanto à hidratação da pele do pé é importante salientar que as rachaduras (ou fissuras) e pruridos indicam que a pele está muito seca. Com a idade nosso organismo vai deixando de produzir os óleos que amaciam e lubrificam a pele e, tornam-se frequentes problemas dermatológicos. Um bom hidratante diário impede o aparecimento de escamas, fissuras e feridas que podem infeccionar. Além dos exercícios físicos com todas as partes do corpo que incrementam a força muscular e a circulação sanguínea, os especialistas recomendam algumas atividades para exercitar os pés. Um ortopedista sugeriu-me usar uma bolinha e fazer movimentos circulares com a planta do pé. Parece que a planta do pé é muito rica em terminações nervosas capazes de enviar e receber estímulos nervosos. Andar descalço, quando não se corre o risco de infecções, deformidades e outras vulnerabilidades, permite aeração dos pés e, também, pode ajudar a manter saudáveis e funcionais todas as estruturas anatômicas como articulações, ligamentos, músculos e tendões. Quem mora perto da praia pode andar na areia o que é um ótimo exercício para o pé. Finalmente, são recomendados alguns cuidados com as unhas. Devem ser frequentemente cortadas, mas nunca serem muito curtas. A natureza providenciou essas estruturas para a proteção dos dedos do pé. Por isso, o corte deve deixar uma pequena margem de unha e respeitar o formato arredondado dos dedos. Além de cortadas e limpas, uma inspeção criteriosa em busca de alterações no seu aspecto é muito importante. As micoses e unhas encravadas ou inflamadas não devem ser descuidadas. Sugere-se que um dermatologista inspecione e sugira a medicação ou o tratamento corretos.

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Os pés são a base do nosso corpo. Cuidados!!!! (revisto e ampliado)

Continuação da postagem anterior... A primeira recomendação dos especialistas é uma inspeção frequente. Em diabéticos, há estudos que mostram que a carência desse exame está associada ao maior número de amputações. Esse exame é tão importante que as instituições de saúde já contam com aplicativos, intervenções telefônicas, mensagens eletrônicas e outros meios para o controle dessa inspeção por médicos e enfermeiros especializados. A inspeção constitui-se em uma observação acurada de cada um dos pés e deve visar a busca de alterações anatômicas e articulares, bolhas, feridas, cor azulada da pele, inchaços, rachaduras, micoses nas unhas e na pele, unhas encravadas, pele esfolada por atrito, pontos doloridos, frieiras, pruridos, manchas e outras espécies de alterações. A cor azulada da pele e o frio constante nos pés podem indicar uma deficiência circulatória e manchas vermelhas ou feridas podem ser portas para infecções. Cãibras podem ser indícios de desidratação e dores indicam uma anomalia a ser averiguada, posturas incorretas ou calçados inadequados. A complexa anatomia do pé pode ser, com frequência, uma fonte de problemas. Todas as esfoliações causadas por atrito na pele devem merecer cuidados, limpeza, proteção e troca frequente de calçado. Manchas nas unhas são indícios de micoses. Qualquer alteração incomum, mesmo as mais simples, devem ser analisadas e tratadas por profissionais. Tendo em vista a sua importância, a nossa meta é sempre manter os pés o mais saudáveis que for possível. Os cuidados gerais que visam a saúde de todas as células do organismo continuam a ser prioridade, ainda maior se houver inadequações da normalidade. Exercícios e atividades diárias, alimentação rica em nutrientes, hidratação, sono e descanso, ambiente saudável e todas as demais necessidades orgânicas não podem ser abandonadas e, talvez, precisem ser reativadas ou reforçadas. Além da inspeção frequente e das necessidades gerais serem atendidas, é fundamental um cuidado especial com calçados. O sapato adequado é o mais confortável, com solado não escorregadio e pouco flexível, de preferência que amorteça o impacto e a sobrecarga durante a movimentação. Os saltos altos não são benéficos, alteram toda a postura corporal e podem ocasionar acidentes e quedas. É aconselhável trocar o sapato duas ou três vezes por dia para evitar pontos de atrito pouco perceptíveis que todo o calçado tem. A continuidade de um ponto de pressão ou atrito pode provocar uma lesão indesejável. Alguns especialistas indicam comprar sapatos no final do dia para que se adapte melhor a pés levemente inchados, cansados, mais sensíveis e estressados. Continua na próxima postagem ...