sexta-feira, 7 de abril de 2023
Vamos ao médico? A nossa fragilidade exige. (ampliado)
Envelhecer é um processo do qual nenhum ser vivo escapa. Pode ser acelerado ou retardado, mas jamais, estancado. A natureza é fatídica com todos os seres, quem nasce morre após seu ciclo de vida. Nós não temos um controle completo sobre esse processo. Envelhecer é um percurso que vai gradativamente tornando os organismos enfraquecidos, deficitários e fragilizados. Os progressos da medicina e seu aparelhamento de diagnóstico (tomografias, ressonâncias magnéticas, ultrassons, etc.) e tratamento (medicamentos, cirurgias a laser e outros) estão tornando esse período da vida menos penoso e a degradação pode ser mais lenta. A ciência médica tem feito inúmeros progressos e a sua evolução não para. Portanto, os controles médicos periódicos, as consultas aos vários especialistas, os exames laboratoriais e a hospitalização tornam-se uma constante na vida do indivíduo de “muita idade”. Todos nós, os velhos, conhecemos e vivenciamos essa realidade. Não há como fugir dessa experiência; qualquer alteração orgânica exige uma tomada de iniciativa de natureza médica. Se você quer manter por mais tempo a sua independência e a sua autonomia não pode prescindir do profissional que, sem dúvida, é aquele que nos pode ajudar.
Dói aqui, dói ali e a questão passa a ser: qual médico procurar? Aquele que tem o consultório mais perto de casa? O mais barato? O recomendado por um amigo ou conhecido? Aquele que eu conheço há mais tempo? O médico que é parente?
Quando comecei a enfrentar esse problema, errei muito, usava critérios práticos e não conseguia sentir confiança e segurança nos profissionais. Era obrigada a procurar outras opiniões e gastava muito dinheiro e muito tempo com as várias consultas. Então, criei alguns critérios que me têm ajudado muito. Não quer dizer que o bom médico não erra; o bom médico tem maiores probabilidades de acertar, de errar menos, de corrigir mais rapidamente as condutas e de transmitir mais segurança.
A confiança no médico pode desencadear a produção de uma série de substâncias cerebrais que auxiliam na resolução dos nossos problemas. É uma reação orgânica parecida com o efeito placebo, ou seja, mesmo sem uma substância ativa um remédio pode produzir efeito se o paciente acredita nele. A medicina é uma ciência aplicada e tem como foco o objeto mais complexo do planeta, o ser humano, sobre o qual ainda há muito a descobrir.
Continua na próxima postagem...