sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Atividade motora: tipos de exercícios

Como podemos desenvolver esse importante comportamento saudável? Para o seu planejamento é essencial conhecermos os tipos de exercícios que são classificados segundo os tipos de efeitos produzidos. Salienta-se que um exercício pode ter vários efeitos e, portanto, pode ser classificado em mais de um tipo. Segundo os especialistas, existem 4 tipos de exercícios: de resistência, de equilíbrio, de força e de flexibilidade. Como todos estes efeitos são importantes para a saúde é fundamental procurarmos executar todos os tipos. Um só tipo não estimula todas as funções orgânicas; a saúde global exige todos os efeitos motores. Mas..., não precisam ser executados ao mesmo tempo; um bom planejamento deve incluí-los em dias diferentes. A forma mais segura de selecionar os exercícios adequados é a orientação de um profissional especializado após uma recomendação médica. De resistência – São também chamados aeróbicos e melhoram o trabalho cardíaco, o sistema circulatório, a densidade óssea e a capacidade pulmonar, permitindo maior oxigenação e melhoria nutricional das células. Nessa categoria encontram-se os esportes como tênis, basquete, vôlei, natação, corrida, ciclismo, dança, artes marciais, esteira, remo, patinação e outras modalidades similares. Incluem-se, também, algumas atividades caseiras como subir e descer escadas, limpezas mais pesadas, caminhadas e outras atividades que provoquem um aumento nos batimentos cardíacos e sudorese. De força – Esse tipo de exercícios são fundamentais para aumentar a força muscular e manter o sistema íntegro. Incluem-se os exercícios executados em uma academia com pesos, flexões, uso de elásticos de resistência e de aparelhos específicos para isso. Muitos dos exercícios de resistência também contribuem para aumentar a massa muscular e sua força. De equilíbrio – Estes são fundamentais para a movimentação humana porque promovem a harmonia corporal e permitem os rápidos e precisos ajustes para o corpo executar todos os movimentos sem cair. Nas academias encontram-se instrumentos que treinam o equilíbrio e, também, se podem usar os esportes que aumentem a força muscular. O Yoga, o Pilates e o Tai Chi Chuan (arte marcial chinesa) são muito usados e bem aceitos, atualmente. De flexibilidade – Nesta categoria encontram-se os alongamentos que são exercícios que visam o estiramento das fibras musculares e alongamentos de tendões e ligamentos para aumentar a flexibilidade do corpo. Nos idosos ajuda a manter as posturas corporais e os espaços intracorpóreos para facilitar o trabalho dos órgãos internos, como coração, pulmões, intestinos, etc. Esses exercícios também reduzem lesões, relaxam o corpo, melhoram a coordenação e melhoram a agilidade.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

A atividade motora: imprescindível para o cérebro

Continuação da postagem anterior... Já sabemos que para o ser humano desenvolver ao máximo seus potenciais fisiológicos, anatômicos, bioquímicos e metabólicos, o homem precisa de uma determinada quantidade de atividade motora durante toda a sua vida. A natureza do ser humano exige o uso adequado da musculatura. A Federação Internacional de Medicina Esportiva afirma que “as atitudes coerentes com a vida saudável produzem maior alegria de viver, adicionando vida aos anos e, provavelmente, anos à vida.” No que se refere ao conhecimento que hoje fundamenta a relação entre a atividade motora e o cérebro, temos décadas de estudos demonstrando o impacto positivo do exercício na conformação e funcionamento cerebrais. O cérebro não só precisa, como lhe é imprescindível a atividade física para funcionar adequadamente. Esses estudos demonstram que o indivíduo submetido a exercícios sistemáticos possui uma maior capacidade de regular os hormônios do estresse e, consequentemente, aumentam sua capacidade de resistência aos fatores estressantes, diminuindo-lhe os prejuízos ocasionados por esses fatores. Além disso, a ciência tem mostrado que a atividade motora constante é capaz, também, de aumentar a produção de enzimas antioxidantes. Os benefícios dos exercícios não param por aí. Verificou-se que eles aumentam o metabolismo, a oxigenação e o fluxo sanguíneo cerebral ocasionando aumento da massa do cérebro como, também, aumenta a produção das substâncias antidepressivas e das que são responsáveis pelo bom humor e bem estar. Um importante resultado da atividade física é a produção de enzimas que provocam a diminuição da sensibilidade à dor, a euforia e o estímulo ao aumento de sinapses, ou seja, ligações entre os neurônios, importante mecanismo das atividades de aprendizagem, raciocínio e memória. Por último, o exercício diminui os fatores de risco do exterior, ou seja, protege o cérebro de condições problemáticas como a inflamação, a hipertensão e a hiperglicemia. Estes problemas metabólicos, quando não tratados, podem comprometer a capacidade cognitiva do ser humano. Como resultado dessas ações positivas da atividade física, a saúde mental pode usufruir de um recurso coadjuvante para o tratamento de condições como depressão, ansiedade, fobias e pânico, transtornos compulsivos e estresse. Em idosos, as moléstias como Alzheimer, Parkinson, perda de massa cinzenta, declínio funcional, reabilitação de AVC (acidente vascular cerebral) e outras degenerações próprias da idade mais avançada também podem ser desaceleradas com a adesão a programas de exercícios motores. A adesão duradora a um programa de exercícios é estimulada por exercícios moderados e escolhidos pelo próprio indivíduo. Em idosos é fundamental uma relação afetiva que estimule essa adesão. Nós precisamos gostar daquilo que fazemos. Deve-se salientar que esse auxílio terapêutico coadjuvante, para os idosos, torna-se ainda mais importante porque permite diminuir o uso de fármacos nem sempre isentos de riscos. Continua na próxima postagem...

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

A atividade motora: imprescindível para a saúde

Muito já se escreveu sobre os benefícios do exercício físico para a saúde física e mental do ser humano. Este blog já publicou 3 ou 4 textos sobre o tema, ao longo de sua existência. Mas, nunca é demais abordar as explicações que fundamentam a importância da movimentação do nosso corpo. Sabe-se que a capacidade de caminhar é uma das funções mais complexas do corpo porque requer a participação ativa de muitos sistemas que precisam trabalhar sincronizadamente para fazer o homem andar ou correr. Envolve a visão para direcionar o movimento, o equilíbrio postural, a atividade de grandes e poderosos músculos, tendões e ossos, o sistema respiratório, a circulação sanguínea, o trabalho cardíaco, a sincronização de várias áreas cerebrais e regulações hormonais e metabólicas. Esta sofisticada demanda vai ter influência e vai produzir benefícios em quase todos os sistemas do organismo do homem. Portanto, mantem a nossa capacidade de viver bem. Quando se fala de cérebro e sistema neurológico, compreende-se, praticamente, todo o corpo. O homem foi criado para correr. Alguns cientistas sugerem que a corrida originou muitas das características físicas e mentais do ser humano. Por outro lado, foram as características anatômicas e fisiológicas de nossos ancestrais que permitiram a fuga de predadores e a obtenção da caça. Isso manteve a espécie e desenvolveu-a para aquilo que é hoje. A própria anatomia e funcionamento do cérebro e do corpo são moldados pela capacidade de andar e correr. Portanto, fomos criados para poder correr e, para continuar íntegros e saudáveis temos que caminhar, andar e correr. Durante o processo natural de envelhecimento observa-se um declínio em vários sistemas orgânicos. Entre eles, inclui-se o sistema nervoso e a perda da capacidade de sintetizar as substâncias neurotransmissoras o que causa alterações no controle do equilíbrio postural, do balanço energético e na capacidade cognitiva (julgamento, cálculo), avaliação visual do espaço e memória recente. A diminuição dessas habilidades e capacidades é um fator que aumenta o risco de quedas, uma das principais causas de hospitalizações e mortes dos idosos. Além disso, a diminuição dessas capacidades está relacionada à dificuldade de executar as atividades físicas e mentais, impede a vida independente, a integração social, o apoio à família e a independência econômica. Continua na próxima postagem

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Os melhores remédios estão em você – Parte II

Continuação da postagem anterior... Sempre que sinto alguma alteração no meu organismo, alguma dor, tontura, febre e outras começo por procurar um médico e seguir suas orientações. Mas, paralelamente, começo a refletir sobre o que posso fazer para ajudar meu corpo a normalizar-se. Ponho em ação “os remédios que estão em mim”. Revejo meus comportamentos de saúde e fico mais rigorosa com sua adequação, ou seja, se não houver contraindicação, aumento os exercícios, tomo mais líquidos, melhoro a alimentação em variedade e qualidade, procuro dormir mais e tomar sol, respeito com mais afinco meus horários biológicos, faço mais vezes meditação, aumento o meu lazer e fontes de prazer e ponho o cérebro a enfrentar mais desafios e a fazer ginástica e assim por diante. Muitas vezes vou ao médico só para contar-lhe como melhorei e peço-lhe para conferir. Durante esta pandemia, esses remédios que eu posso usar sem receita médica ajudaram-me a resolver muitas coisas. O estresse com as notícias sobre o novo coronavirus causou-me crises de aumento da pressão arterial, crise de labirintite, início de desidratação, sensações de angústia e apertos no peito, e mal estar geral que foram sanados com duas chegadas até ao Pronto Atendimento e os “remédios que estão em mim”. Os médicos que procurei foram excelentes; indicaram-me desligar a televisão, tomar chá de camomila, conversar por telefone com amigos e ler muitos romances. Obedeci-lhes e não utilizei nenhum recurso farmacológico. Outra importante orientação é aprofundar o seu autoconhecimento. Nós não somos o que queremos ser e, muitas vezes nos observamos como gostaríamos de nos ver. Tire a poeira dos olhos e observe-se como realmente é, sem mascarar o resultado. “Entre na real”, como se dizia antigamente. Nós não nos conhecemos a não ser quando aceitamos os resultados das nossas vivências. Os indivíduos de muita idade, conhecem sua história, conhecem muitas coisas de seus antepassados e conhecem suas interações com o mundo. Portanto, podem-se conhecer muito melhor se se olharem cuidadosamente e não se iludirem. Essas observações são essenciais para conduzirem suas decisões sobre você mesmo. Aprenda a aceitar-se, a amar-se e a respeitar-se. Dessa forma, os outros vão aceitar você, a amá-lo e a respeitá-lo. Experimente sempre que possível, observe-se e aceite os resultados. Finalmente, se você é uma pessoa com muita idade, não se espante com o fato do seu corpo estar muito diferente do que era. As alterações externas são fáceis e rápidas para serem descobertas. Mas as internas nos surpreendem todos os dias. Agora, o corpo demora para reagir, exige espera e paciência; só dois dias depois eu percebo que exigi demais de um músculo. É mais frágil; qualquer batida exige gelo na hora para a pele não ficar roxa. As sensações estão mais lentas e sutis; a fome, a sede, o frio e outras são sentidos de maneira diferente ou muito suavemente. Exige maior vigilância e observações constantes. O corpo mudou e continuará a mudar. O corpo fala e você tem que o entender. Aceite, assimile e se adapte; treine a sua flexibilidade. Portanto, mantenha suas células saudáveis e você terá mais saúde. Use os remédios que estão em você. Uma vida saudável gera saúde. Mas, não pode ter pressa, o corpo é muito demorado.