quinta-feira, 7 de outubro de 2021
Os melhores remédios estão em você – Parte II
Continuação da postagem anterior...
Sempre que sinto alguma alteração no meu organismo, alguma dor, tontura, febre e outras começo por procurar um médico e seguir suas orientações. Mas, paralelamente, começo a refletir sobre o que posso fazer para ajudar meu corpo a normalizar-se. Ponho em ação “os remédios que estão em mim”. Revejo meus comportamentos de saúde e fico mais rigorosa com sua adequação, ou seja, se não houver contraindicação, aumento os exercícios, tomo mais líquidos, melhoro a alimentação em variedade e qualidade, procuro dormir mais e tomar sol, respeito com mais afinco meus horários biológicos, faço mais vezes meditação, aumento o meu lazer e fontes de prazer e ponho o cérebro a enfrentar mais desafios e a fazer ginástica e assim por diante. Muitas vezes vou ao médico só para contar-lhe como melhorei e peço-lhe para conferir.
Durante esta pandemia, esses remédios que eu posso usar sem receita médica ajudaram-me a resolver muitas coisas. O estresse com as notícias sobre o novo coronavirus causou-me crises de aumento da pressão arterial, crise de labirintite, início de desidratação, sensações de angústia e apertos no peito, e mal estar geral que foram sanados com duas chegadas até ao Pronto Atendimento e os “remédios que estão em mim”. Os médicos que procurei foram excelentes; indicaram-me desligar a televisão, tomar chá de camomila, conversar por telefone com amigos e ler muitos romances. Obedeci-lhes e não utilizei nenhum recurso farmacológico.
Outra importante orientação é aprofundar o seu autoconhecimento. Nós não somos o que queremos ser e, muitas vezes nos observamos como gostaríamos de nos ver. Tire a poeira dos olhos e observe-se como realmente é, sem mascarar o resultado. “Entre na real”, como se dizia antigamente. Nós não nos conhecemos a não ser quando aceitamos os resultados das nossas vivências. Os indivíduos de muita idade, conhecem sua história, conhecem muitas coisas de seus antepassados e conhecem suas interações com o mundo. Portanto, podem-se conhecer muito melhor se se olharem cuidadosamente e não se iludirem. Essas observações são essenciais para conduzirem suas decisões sobre você mesmo. Aprenda a aceitar-se, a amar-se e a respeitar-se. Dessa forma, os outros vão aceitar você, a amá-lo e a respeitá-lo. Experimente sempre que possível, observe-se e aceite os resultados.
Finalmente, se você é uma pessoa com muita idade, não se espante com o fato do seu corpo estar muito diferente do que era. As alterações externas são fáceis e rápidas para serem descobertas. Mas as internas nos surpreendem todos os dias. Agora, o corpo demora para reagir, exige espera e paciência; só dois dias depois eu percebo que exigi demais de um músculo. É mais frágil; qualquer batida exige gelo na hora para a pele não ficar roxa. As sensações estão mais lentas e sutis; a fome, a sede, o frio e outras são sentidos de maneira diferente ou muito suavemente. Exige maior vigilância e observações constantes. O corpo mudou e continuará a mudar. O corpo fala e você tem que o entender. Aceite, assimile e se adapte; treine a sua flexibilidade.
Portanto, mantenha suas células saudáveis e você terá mais saúde. Use os remédios que estão em você. Uma vida saudável gera saúde. Mas, não pode ter pressa, o corpo é muito demorado.