quinta-feira, 27 de maio de 2021

Pequenos órgãos, grandes encrencas: o esfíncter anal

Outro músculo capaz de produzir situações muito desagradáveis e que exigem tratamento e cuidados, é o esfíncter anal, aquele pequeno músculo que impede as fezes de saírem do reto involuntariamente. Quando esse músculo tem seu funcionamento alterado, instalam-se perdas involuntárias de gases e fezes. Além do desconforto, do mau odor e da exigência de higiene constante, essa desagradável situação provoca ansiedade, constrangimento e perda da qualidade de vida pessoal, social e de trabalho. A frequência de incidentes bloqueia as possíveis atividades sociais e de trabalho do indivíduo, ocasiona-lhe insegurança no planejamento de sua vida, atrapalha os relacionamentos pessoais e é fonte de ansiedade constante. É um problema encontrado com mais frequência em mulheres devido aos partos e entre as pessoas de muita idade, principalmente com mais de 70 anos. É muito grave sob o ponto de vista psicológico; os pacientes chegam a ter vergonha de ir ao médico, o que lhes prolonga o sofrimento. Os sintomas de incontinência fecal são perdas involuntárias de gases e vazamento de fezes e gases quando a pessoa faz esforços físicos. O agravamento da situação, como nos casos de diarreia, pode levar a eventos caracterizados por perdas de grandes quantidades de gases e fezes líquidas e sólidas. A primeira iniciativa é perceber e admitir o problema na sua fase inicial e começar logo a tomar as primeiras providências. É muito importante o diagnóstico médico para afastar causas neurológicas, hormonais, tumorais, anatômicas e outras que vão exigir tratamentos especiais. Portanto, ao primeiro sinal, aconselha-se procurar um médico especializado, um proctologista. O tratamento pode incluir dietas, medicamentos, exercícios para recondicionamento muscular e cirurgias para a correção dos músculos. Com o diagnóstico médico na mão deve-se recorrer, também, a fisioterapeutas especializados que ajudam muito no seu tratamento. Normalmente são recomendados exercícios com aparelhos especiais para estimulação muscular elétrica e biofeedback, ou seja, exercícios orientados por um instrumento, que ajuda o paciente a distinguir, exatamente, quais os músculos que devem ser exercitados e como fazer esses exercícios. Depois de algumas sessões os pacientes podem repetir os exercícios em casa e recorrer ao profissional para avaliação periódica. Como medida complementar, na academia de exercícios físicos, deve-se dar uma atenção especial aos exercícios que fortalecem o assoalho pélvico, ou seja, a musculatura que sustenta os órgãos da parte baixa do abdômen (bexiga, útero, reto, intestinos, etc.). Este recurso sempre exige a orientação de profissionais de educação física.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Pequenos órgãos, grandes encrencas: o esfíncter vesical

Todas as funções do nosso corpo, com raras exceções, são ativadas por meio da nossa musculatura; são os músculos os constituintes dos órgãos que executam quase todas as atividades necessárias à vida do ser humano. Entre esses inúmeros órgãos, um dos músculos mais sensíveis e que podem ocasionar grandes constrangimentos ao ser humano, é o esfíncter vesical, responsável pelo movimento de fechar e abrir a bexiga no momento da micção. Com a idade ele tende a não funcionar bem; as mulheres são acometidas com mais frequência devido às suas características anatômicas e aos partos. Numa fase inicial percebe-se escapes de urina ao menor esforço, como tossir, espirrar ou durante exercícios físicos. Nessa fase alguns exercícios especiais, para reforçar essa musculatura, são bastante eficientes e costumam resolver o problema com facilidade. Os fisioterapeutas auxiliam esse treinamento e podem usar uma estimulação elétrica para tornar os exercícios mais efetivos. Mais tarde, o problema pode evoluir para urgência urinária; ao menor sinal precisa urinar rapidamente. Começa a incomodar o indivíduo em viagens, em locais sem um banheiro por perto e exigem uma pequena proteção da roupa interior para não haver acidentes desconfortáveis. Às vezes um odor desagradável pode constranger e atrapalhar atividades sociais. Os urologistas devem ser consultados sempre como primeira medida. Posteriormente, os fisioterapeutas especializados podem auxiliar com tratamentos de eletroestimulação e exercícios adequados, tornando esse pequeno músculo mais forte e com ação mais rápida. Nos casos mais avançados de incontinência urinária, a urina sai sem controle. Hoje, a medicina conta com recursos muito bons. Além dos exercícios físicos, tratamentos fisioterápicos, medicamentos apropriados e alguns tipos de cirurgia podem oferecer bons resultados. Essa situação é muito traumatizante porque tem impacto negativo na vida das pessoas, não só do ponto de vista físico, mas também social e psicológico. A urina em contato constante com a pele pode deixá-la vermelha, irritada ou ferida, exigindo cuidados constantes de higiene e proteção. Além disso, o desconforto e o mau odor ocasionam constrangimentos, alteram a vida íntima, afetam o trabalho e a vida social, diminuem a autoestima, impedem algumas atividades e exigem atenção constante. Em todas as etapas, são aconselhados os exercícios para reforçar e fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, realizado em academias de ginástica e com a supervisão de profissionais de educação física. A experiência e alguns trabalhos de Saúde Pública têm mostrado que os homens têm uma maior dificuldade em admitir esses problemas e só recorrem aos profissionais e tratamentos em fases mais avançadas, o que tende a prejudicá-los pelo agravamento da situação. As pessoas que procuram mais cedo auxílio profissional tendem a ter melhores resultados e em tempo mais curto.

sexta-feira, 14 de maio de 2021

RESENHA DE UM LIVRO QUE NOS TORNA A VIDA MAIS LEVE, por Dra. Maria Romana Friedlander

Décio Fischetti, 84 anos, engenheiro pelo Instituto Tecnológio de Aeronáutica (ITA), com curso de Design e Marketing, tem muitos anos de experiência na RODIA e na WALITA, foi presidente da Associação dos engenheiros do ITA. É palestrante em temas como Marketing, Criatividade e Inovação tendo atuado como tal para o Grupo Pão de Açúcar, General Motors do Brasil e outros. Publicou 9 livros, entre os quais, “Ozires Silva - um líder da Inovação”(2011).
Olá, pessoal!!! Que bom ler o último livro do Décio Fischetti!!! É um hino à alegria, ao bom humor e à positividade diante da vida. Dirige-se aos idosos e diz-lhes como a vida deve ser levada a partir de sua experiência de 84 anos de vida. O título “Leve, a vida! Moço-Velho/Velho-Moço”, é a síntese do conteúdo do texto; é um convite à transformação do olhar do idoso para construir e viver uma vida prazerosa, boa de ser vivida. A vertente que as 90 páginas do livro adota tem base num conjunto de valores que estimula o leitor a parar, observar, refletir e renovar suas posturas para viver bem. Como diz o autor, o livro é para “lembrar ao leitor o ato de viver, de rir”. Eu acrescento, o ato de ter prazer sem medo, como um direito do ser humano. A sua leitura nos faz caminhar para os vários aspectos do envelhecimento saudável, pleno de satisfação, com sensações surpreendentes, sintomas inusitados, histórias engraçadas sobre os velhos, frases célebres relacionadas à visão positiva da velhice e outros aspectos coerentes com a face bem-humorada do ser velho. Pode-se rir do formato da apresentação do autor, do prefácio do seu psicólogo, “Dr. Froid Splicka, PhD”, das dicas de saúde, da influência do médico, dos mandamentos do bom humor, do método de se manter mentalmente jovem, dos sintomas inquestionáveis da velhice, dos pecados “também chamados de boas ideias” e por aí vai. Inclui, também, indicações de ervas milagrosas, remédios para a competência sexual masculina, manias a serem esquecidas, tipologia de velhos e velhas e mais alguns temas do mesmo estilo. Com letras grandes e destacadas, o autor levanta a bandeira de “que só é velho quem quer” explicando essa opção com bom humor. Nas páginas finais os leitores são presenteados com piadas e histórias muito engraçadas e provérbios recheados de alegria. Conclui que a vida fica mais leve se vivida com leveza e nos faz passar por umas horas de leitura com aquele gosto de “quero mais”. O e-mail para contatar o Décio e adquirir o livro também é criativo e inusitado, etcmkt@terra.com.br. Use-o e divirta-se.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

As diretrizes da alimentação saudável – Parte III

Temos uma boa notícia! O Décio Fischetti lançou seu livro "Leve, a vida - velho moço/moço velho", recheado de bom humor e que está à venda pelo próprio autor. Contacte-o pelo email etcmkt@terra.com.br
Continuação da postagem anterior… As diretrizes de alimentação devem direcionar, não só os tipos de nutrientes e alimentos, como também a sua quantidade. A quantidade de alimentos deve ser aquela que atenda somente as necessidades específicas do indivíduo. As especificidades ocorrem por conta do seu sexo, seu gênero de atividades, sua composição corporal, o clima e as características ambientais, seus hábitos de vida e sua genética. Se houver excesso de alimentação incorre-se no grande risco da obesidade, se houver falta de nutrientes corre-se o risco de fome e fraqueza excessiva. No entanto, parece que quantidades menores são menos perigosas que maiores. Experiências científicas com pouca alimentação em animais tenderam a aumentar a longevidade da população do estudo. No entanto, atenção, a fome também é mais lenta a aparecer e menos nítida quando aparece. Como todos os mecanismos do corpo idoso, a sensação de ter vontade de comer está mais demorada e o indivíduo corre o risco de comer muito pouco. O controle do peso e a observação da evacuação são de grande ajuda para conhecer o ponto correto de cada pessoa. Uma das dicas práticas importantes é “ouvir o seu corpo”, parar de comer quando a vontade passa e controlar os sinais do corpo. Outra dica é não usar a alimentação para compensações psicológicas, não “assaltar a geladeira” para compensar frustrações, tristezas ou perdas. Eu compenso meus “desarranjos” psicológicos me dando presentes como uma planta em casa, uma tarde de leitura prazerosa, um livro novo e outros similares. Assim, mantenho o meu peso dentro dos limites correto. Em 2006, o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde (Brasil), no Caderno de Atenção Básica 19, publicou os dez passos para “uma alimentação saudável para pessoas idosas” que oferece subsídios aos profissionais na orientação dos indivíduos com muita idade e suas famílias. Essas orientações incluem as doses de alimentos que se aconselham para os idosos brasileiros: a) cinco vezes por semana arroz com feijão; b) diariamente porções de legumes e verduras e três de frutas; c)três porções de leite e derivados, por dia; uma porção de carne, aves peixes ou ovos diariamente; e uma porção de óleos vegetais, manteiga, margarina ou azeite ao dia. Além da quantidade dos alimentos, também existem diretrizes quanto à distribuição das refeições ao logo do dia; são indicadas de cinco a seis refeições. É mais adequado o maior número de refeições porque as funções relacionadas à digestão, à assimilação, ao transporte dos nutrientes e à eliminação de resíduos estão mais demoradas e lentas. O fracionamento das refeições adapta-se melhor à lentidão do idoso. Finalmente, vamos falar sobre as diretrizes que guiam o preparo dos alimentos para manter a saúde dos indivíduos de muita idade. A ciência indica claramente que os alimentos fritos não são tão saudáveis como os cozidos, cozidos no vapor, assados ou grelhados. O óleo, mesmo de boa qualidade, quando é submetido a altas temperaturas transforma-se em gordura saturada, muito prejudicial à saúde porque causa várias doenças. Mesmo o azeite de oliva não deve ser aquecido devido à produção de várias alterações químicas. É aceitável uma fritura uma vez por semana, mas deve-se desistir da famosa combinação bife frito e batata frita. Ainda, em relação ao preparo aconselha-se a retirar gorduras das carnes antes de prepará-las. Para finalizar, lembremos que alguém disse que somos aquilo que comemos.