Continuação da postagem anterior...
A imunidade é, portanto, a resistência do nosso corpo às agressões sofridas por ele e é produzida pelo sistema imunológico.
O envelhecimento vai alterar gradativamente o funcionamento do sistema imunológico de várias formas. Há uma remodelação da estrutura e do funcionamento desse sistema, mas a tendência é um enfraquecimento geral na potência da defesa e um aumento no tempo da resposta, ou seja, há menos força para a “luta” e as reações são mais demoradas. Essas alterações no organismo idoso tornam-no mais vulnerável, tanto sob o ponto de vista físico como emocional. O estresse e a ansiedade instalam-se com mais facilidade e os idosos fragilizam-se. A ciência já demonstrou claramente que os problemas de ordem emocional afetam negativamente todo o sistema imunológico.
A pele, que era uma poderosa “muralha” protetora, com a idade torna-se mais fina e menos resistente. As infecções são mais frequentes, a cicatrização de lesões mais demorada e há maior probabilidade de se instalarem tumores.
A imunidade inata, aquela que funciona como linha de frente na defesa de um agressor, decresce em potência, enfraquece, o que acarreta maior vulnerabilidade às infecções. As células defensoras (macrófagos, neutrófilos e outros) mas atuam com menor eficácia.
A imunidade adquirida, produzida pelos anticorpos e que é criada ao longo da vida devido aos contatos com antígenos variados, também fica menos ativa. Por esse motivo, as vacinas obtêm respostas mais fracas e por menos tempo.
Todas essas alterações degenerativas exigem cuidados e iniciativas que diminuam a velocidade da degeneração. É essencial a nossa determinação e empenho para a manutenção da saúde e integridade do nosso sistema imunitário. O sistema imunológico com um bom funcionamento torna-se um pilar para a vida saudável dos indivíduos de muita idade. Por outro lado, quando há carências ou deficiências o risco de problemas é muito alto.
O comprometimento do sistema imunológico emite sinais claros, alertas indicativos de que nosso “exército” está deficiente, precisando de ajuda. Com a imunidade deficitária é frequente aparecerem infecções recorrentes (amigdalites, herpes e outras), febres, alergias, demora na cicatrização e na cura de doenças leves (gripe), agravamento de lesões e problemas simples, diarreias, cansaço e sono constantes e excessivos, ansiedade, estresse e instabilidade emocional, queda de cabelo, unhas fracas e quebradiças ou resfriados constantes.
Mesmo sem o aparecimento dessa sintomatologia, os alertas do corpo, a degeneração do envelhecimento recomenda uma atenção mais precisa e mais constante no ambiente ao redor do indivíduo de “muita idade”.
Pequenas sujeiras, umidade, pós, flores, mofo, ambientes com pouca circulação de ar, poluição urbana e outros sem grande risco para os mais jovens, podem ocasionar problemas desagradáveis. É necessária uma limpeza mais frequente e minuciosa dos cômodos, armários e pisos na habitação do idoso. A cozinha é um ambiente que, facilmente, acumula riscos de infecções, devido à umidade, à permanência de alimentos facilmente perecíveis, à proximidade com o lixo e à precariedade de pessoal auxiliar, nem sempre bem treinado nesses aspectos. Os banheiros usados por vários moradores podem guardar perigosas fontes de doenças para seus usuários se não foram submetidos a uma rigorosa e constante higiene.
As residências de longa permanência dos idosos precisam situarem-se em locais com ar livre de poluição e de fácil acesso para as visitas. Seus cômodos devem ser bem arejados, livres de detalhes de difícil limpeza, com móveis bem estáveis e sem pontas, com acabamentos que facilitem o cuidado e a preservação funcional e ter uma rigorosa supervisão e protocolos específicos para a manutenção da higiene de forma impecável.
Continua da próxima postagem....