quinta-feira, 18 de junho de 2020

A respiração é sinônimo de vida (I)





Orientações para o uso de um inalador de louça, inglês, do Séc. XIX (foto do inalador já foi postada, no texto "Vamos ao médico")

O fato de estarmos vivos significa que as células dos órgãos vitais estão funcionando razoavelmente bem. E para que elas estejam vivas precisam de oxigênio. A função da respiração é entregar para o sangue o oxigênio que irá para as células e receber do sangue o gás carbônico que é um resíduo proveniente do trabalho celular. Essa troca gasosa é o objetivo da respiração.
            O responsável por essa importante função do nosso corpo é o sistema respiratório composto por vários órgãos interligados entre si e comandados pelo nosso cérebro, o chefe do nosso funcionamento. Os principais órgãos desse sistema são os pulmões, protegidos pela pleura, a traqueia, a laringe, a boca e o nariz. Estes últimos são os condutores do ar que vai entrar nos pulmões. É nos pulmões que se dá o processo da respiração. Os músculos que contornam os pulmões, no tórax, são os responsáveis pela movimentação respiratória: a inspiração ou entrada do ar e a expiração ou saída do ar.  Entre os músculos e a pleura encontram-se as costelas, tiras de ossos presas ao externo que protegem o sistema.
            A natureza criou uma “grade” de ossos e músculos, a caixa torácica, apoiada no mais importante músculo da função respiratória, o diafragma, logo abaixo das costelas, que separa os órgãos torácicos e os abdominais. Essa caixa é a protetora do sistema respiratório devido à sua importância para a manutenção da vida humana. Afinal, repetindo, a respiração significa vida.
O ar do ambiente entra pelo nariz ou boca, percorre a laringe e a traqueia e vai até aos alvéolos pulmonares. Estes são minúsculos sacos aéreos, rodeados pelos capilares sanguíneos, onde se dá a troca gasosa. Os alvéolos enchem os vasos sanguíneos de oxigênio e retiram do sangue o gás carbônico expelindo-o para o ambiente.  Para que essa troca ocorra esses tecidos precisam de elasticidade.
Acompanhando o caminho do ar, percebe-se que estão envolvidos nessa função vários órgãos e tecidos. O nariz, boca, laringe e traqueia são os condutores, os pulmões, recobertos pela pleura, são os centros dessa função.  E, finalmente, os músculos torácicos os quais são os responsáveis pela movimentação respiratória.
Compreende-se, portanto, que o bom funcionamento desse sistema é vital para todas as nossas células.
            O envelhecimento altera essa função. Com a idade avançando o tecido pulmonar perde a sua elasticidade, suas pequenas veias e artérias endurecem, as glândulas secretoras de líquidos lubrificantes diminuem em número e atrofiam e todas as estruturas anatômicas vão diminuindo. Esse fenômeno tende a atrofiar toda a musculatura acessória que permite os movimentos respiratórios de inspiração e expiração.  Consequentemente, há uma redução progressiva da capacidade do pulmão prover a quantidade de oxigênio necessária ao corpo e expelir o gás produzido pelo trabalho corporal. Portanto, contribui substancialmente com a degeneração própria da muita idade.
Além das doenças existem fatores que podem contribuir significativamente para piorar a situação.  Uma delas é a inalação muito frequente de ar poluído com substâncias nocivas ou infectado por bactérias, vírus, fungos e ácaros. O exemplo mais conhecido é o hábito de fumar. Outro exemplo, são as ocupações que obrigam o indivíduo a permanecer em ambientes com ar insalubre. Portanto, viver e respirar um ar limpo é um fator favorável para a nossa saúde.
Continua na próxima postagem.....