quinta-feira, 26 de outubro de 2023
Não esqueça sua medicação!!!Parte 2
Continuação da postagem anterior
Para eu garantir que vou tomar um remédio corretamente, costumo fazer um plano simples. Preparo um quadro com colunas onde marco, para cada medicação, os horários, as doses necessárias, as datas indicadas e os cuidados indispensáveis. Esse quadro é colocado no local com a melhor visibilidade possível para que me ajude a não esquecer e a aplicar os cuidados indispensáveis. Quando necessário anoto, no mesmo quadro, o resultado da avaliação que indica a melhoria ou não da minha “disfunção”, como, por exemplo, o peso, a temperatura corporal, a pressão sanguínea, taxas glicêmicas, sintomas importantes, etc. Na próxima consulta médica levo os dados para o médico analisar.
Outro ponto que exige uma grande atenção é a higiene e limpeza de tudo o que se referir à administração de medicamentos. As nossas mãos devem estar lavadas, a mesa onde preparamos a medicação deve ser muito bem limpa, os talheres e as louças que usaremos também merecem nossa atenção, os panos, guardanapos ou toalhas que vamos usar devem estar impecavelmente higienizados. As luvas de procedimentos devem ser usadas sempre que haja qualquer risco de contaminação do cliente ou de quem cuida dele. Em geral, quem ensina o procedimento ao cliente, informa sobre a necessidade do uso de luvas e explica em que momento elas são colocadas e o que fazer, com elas, ao término do procedimento. Enfim, a medicação não pode ser veículo de contaminações desnecessárias.
Atenção para mais alguns cuidados:
- A armazenagem deve ser exatamente como a bula indicar, incluindo local arejado, sem umidade e temperatura adequada.
- As datas de validade do produto devem ser respeitadas rigorosamente.
- Todos os vidros e caixas de medicamentos devem ter rótulos com nome, uso do medicamento, doses e data de validade.
Portanto, a segurança da administração do remédio deve garantir que chegue ao nosso corpo a medicação certa, administrada de forma correta e sem riscos desnecessários.
Não esqueça que, tomado de forma inadequada, um remédio pode tornar-se um veneno, pode tornar-se um inimigo em potencial. Por outro lado, não tomá-lo também pode ser extremamente prejudicial e, da mesma forma, colocar a nossa integridade em risco.
Há dois anos eu publiquei, neste blog, um texto denominado “Os melhores remédios estão em você”. Portanto, é coerente lembrar que existe um tipo de recurso terapêutico diferente do medicamento farmacológico, são os comportamentos saudáveis.
Eles devem ser implementados paralelamente se não houver contraindicações. Contudo, em geral, não podem substituir a sua medicação farmacológica. Na dúvida pergunte ao médico, o seu melhor conselheiro.
Aconselho a leitura desse texto, publicado em setembro de 2021, que complementa as informações aqui deixadas.
quinta-feira, 19 de outubro de 2023
Não esqueça sua medicação!!!Parte 1
Todos nós já percebemos que o idoso, na maior parte das vezes, precisa de várias medicações para manter a sua vida com qualidade. O seu organismo, com a passagem do tempo, vai apresentando um desgaste crescente em algumas de suas funções. O médico compensa esse desgaste por meio de substâncias produzidas pelos laboratórios farmacêuticos; são os famosos remédios ou medicações. As doenças crônicas, como diabetes, colesterol alto ou hipertensão arterial são exemplos que exigem essa compensação farmacológica. A rápida evolução das ciências médicas, nas últimas décadas, permitiu a produção de recursos que garantem um aumento significativo da expectativa de vida do ser humano. Assim, o remédio é uma forma de fazer a medicina moderna ajudar o ser humano. Não podemos dispensá-la. Enquanto a idade tende a produzir perdas orgânicas, as ciências da saúde tendem a compensá-las ou abrandar seus malefícios.
Essa medicação não pode ser esquecida, não pode ser relegada para um segundo plano, não pode ser adiada. Sem ela, os exercícios, a alimentação saudável ou o sono tranquilo não poderão atuar, nada no nosso organismo vai funcionar como esperamos. Ela não é um simples complemento; às vezes é a própria vida que está em jogo.
Na maioria das vezes, as terapias cuja aplicação é da responsabilidade do próprio indivíduo ou de alguém que cuide dele, são aquelas que são administradas por via oral, os comprimidos, cápsulas, líquidos, pós e outros. Existem, também, os mais raros, aqueles que exigem uma aprendizagem inicial como os curativos simples, as injeções intradérmicas e os tratamentos pelas sondas.
A primeira preocupação do indivíduo que se responsabilizará por uma medicação é conhecer exatamente a forma correta de administração: o medicamento exato, o efeito esperado, a via correta, a frequência exigida, os horários mais adequados, a quantidade exata, a forma de administrá-la indicada, o que fazer quando esquecer, quando suspendê-la, quando consultar o médico e os efeitos indesejados. Portanto, tirar as dúvidas com o médico e ler a bula são fundamentais para a medicação poder ser usada corretamente. O importante, não é só tomar a medicação mas, também, tomá-la da forma correta.
Continua na próxima postagem...
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
Os idosos são teimosos? O que fazer? (já publicado)
Em relação à pandemia da Covid-19 tenho ouvido dizer, com frequência, que os idosos são teimosos e não gostam de obedecer.
Queria lembrar a todos que os idosos estão há muitos e muitos anos a decidir o que querem ou devem fazer e a terem sucesso nessas decisões. Eles, são os indivíduos que foram capazes de sobreviver a todas as dificuldades, desastres, bloqueios, amarguras, infelicidades, tragédias e perigos durante toda a sua vida; salvaram-se a si e à sua família porque tomaram as decisões corretas, durante anos e anos. Por isso, eles acreditam na força das suas maneiras de fazer. Eles não são teimosos, eles, simplesmente não são capazes de, com a rapidez que está sendo exigida, atualmente, processar as informações, assimilar os novos conhecimentos e alterar todas as rotinas, hábitos e maneiras de agir enraizadas em seus cérebros. Seus cérebros estão condicionados, e menos flexíveis e é este condicionamento cerebral que os impede de aceitar alterações rápidas de comportamento. Alguns deles estão atordoados com tantas informações, ora verdadeiras, ora falsas, ora incompreensíveis, ora apavorantes. O medo se instala com rapidez e o mais fácil é negar, pensar que todos estão loucos, que falta tranquilidade e sensatez nos outros. Muitos nem chegam a compreender todas estas iniciativas que as lideranças governamentais estão tomando e todo o espalhafatoso aparato que esta pandemia está exigindo. Instala-se, muitas vezes, o pavor, o pânico. Eu estou nesse grupo, tenho 81 anos, moro sozinha, cada informação que recebo sinto como uma pancada, tenho que parar, refletir e pensar. Tenho que perguntar muitas coisas para outras pessoas. Levo mais tempo a responder 10 vezes por dia, às perguntas que faço a mim mesma: E, agora? O que posso fazer? Como me comportar? Como agir? Se os mais novos compreenderem estes aspectos poderão ajudar os seus queridos e amigos idosos e contribuir com a vitória esperada por todos. Eles precisam de ajuda para pensar. É necessário que expliquem aos idosos com tranquilidade, carinho e muita paciência que estamos enfrentando uma guerra universal contra um inimigo desconhecido que pode matar muita gente. Tem que ser muitas vezes repetida a ideia de que só temos alguma chance de vitória se fugirmos e nos esconder do inimigo, nos isolando de todas as pessoas que podem estar com ele nas mãos e nas superfícies em que tocam. A casa é o nosso maior refúgio. E, se não colaborarem colocam a vida de muitas pessoas em risco, inclusive seus descendentes, amores, conhecidos e amigos. Só com o isolamento e a união poderemos ultrapassar esta tragédia. Eles precisam dar o exemplo e ajudar a comunidade. Precisamos deles para isso. Os mais novos devem ajudar pacientemente o idoso a planejar sua vida, suas novas rotinas, seus novos entretenimentos e seus novos cuidados para a saúde, nos mínimos detalhes. Lembrar de selecionar as informações, usar técnicas de relaxamento, utilizar horários alternativos, reduzir o sedentarismo, aceitar alimentos diferentes, valorizar a hidratação e fortalecer a imunidade. Para o mais novo é muito mais fácil mudar, aperfeiçoar a generosidade, usar de criatividade, aceitar as diferenças e adequar as atitudes ao novo mundo que está surgindo. E tem que escutar os mais velhos, tem que respeitar suas considerações, sua inteligência, sua experiência e seu conhecimento, tem que lhes demonstrar amor, interesse e companheirismo. Eles também podem ter boas ideias. Os mais novos têm também que fazer o esforço necessário, fazer a sua parte e lembrar que impaciência e irritação são sentidas pelo idoso como violência. Não podem esquecer que brincadeiras, gozações e piadas só são éticas e adequadas quando os dois lados se divertem; caso contrário podem machucar. Eu preciso de compreensão, respeito e carinho; e não de autoritarismo e arrogância. No final, vamos todos aprender muito e, talvez, nos tornarmos melhores.
quinta-feira, 5 de outubro de 2023
Carta aos leitores do blog Muita Idade e Vida Saudável
Queridos leitores
Hoje, vou lhes mostrar um texto que recebi de uma colega e amiga, Prof. Dra. Yeda Oliveira Duarte, reconhecida especialista em Enfermagem Geriátrica e Gerontológica, em comemoração do dia internacional da pessoa idosa. Esse texto foi criado por Aline Salla, revisado por Karla Giacomin e publicado pela Equipe Frente - ILPI.
“Tudo começou quando alguém se dispôs a ouvir o que ele sabia… Uma voluntária trouxe sua filha em um sábado de visitas à Instituição de Longa Permanência para Idosos,” (uma instituição onde moram idosos que não podem viver sozinhos – nota da autora do blog).
“A menininha se distraiu ouvindo as histórias do Sr. Antônio.”
“Desde então, o Sr. Antônio passou a encantar as crianças da vizinhança com suas histórias mágicas todas as tardes.”
“Com os olhos brilhantes, ele narrava contos de dragões, pássaros e princesas, ensinando lições valiosas sobre liberdade e sonhos.”
“À medida que o sol se punha, ele lembrava às crianças que os sonhos não têm idade, inspirando-as a alcançar o que desejam.”
“Com gratidão, as crianças levavam, não apenas histórias, mas também amizade e sabedoria, ansiosas por mais encontros com o Sr. Antônio.”
“No dia 1 de outubro comemora-se o Dia Nacional e Internacional da Pessoas Idosa! Este ano, a ONU (Organização das Nações Unidas) destaca a importância de cumprir as promessas da Declaração Universal dos Direitos Humanos para as pessoas idosas, promovendo a solidariedade entre gerações.”
“Em 2023, reafirmamos nossa dedicação em proteger os direitos das pessoas idosas institucionalizadas no Brasil e em todo o mundo. Vamos juntos fortalecer a consciência global sobre esses direitos fundamentais e trabalhar para garantir um futuro mais justo e equitativo para todas as gerações.”
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