quinta-feira, 24 de novembro de 2022

As diretrizes da alimentação saudável – Parte II

Continuação da postagem anterior... Eu sei que cada alimento fornece vários tipos de nutrientes e sei que alguns nutrientes são necessários para que haja a assimilação de outros. Portanto, quanto maior a variedade de alimentos, maior a possibilidade de fornecer ao meu corpo uma quantidade de tipos de nutrientes maior. Assim, a segunda diretriz é a adoção da variedade e a fuga da “monotonia alimentar”. Variedade dentro de uma refeição, variedade ao longo do dia, variedade ao longo da semana e do mês. Os idosos tendem a repetir seus hábitos e a fugir de novas experiências o que os leva a comerem e beberem sempre as mesmas coisas; criam hábitos muito arraigados. “Não gosto disto, não gosto daquilo, mas... nunca experimentei.” Essa tendência forma um círculo pernicioso que impede a ingestão de vários nutrientes importantes e pode alterar perigosamente o bom funcionamento de seu organismo. Estimulo meus filhos e netos a experimentarem todos os tipos de alimentos e a usarem receitas e preparações de pratos variados de forma a criar um acervo muito rico de memória gustativa que, além de lhes fornecer nutrientes variados lhes pode oferecer, também, conforto, prazer e boas lembranças. Esse cuidado no oferecimento dos alimentos pode ser ajudado pelo odor. Procuro fazer com que as crianças da minha família aprendam a ter curiosidade pelos novos alimentos por meio de os motivar a cheirarem todos os ingredientes e insumos alimentares. O paladar está muito ligado ao odor e, este, à vontade de experimentar. Acredito que idosos oriundos de famílias que criam bons hábitos desde a infância têm maiores probabilidades de se alimentarem com maior variedade. A experiência ensinou-me que um alimento pode não agradar quando é preparado de uma maneira, mas pode agradar se seu preparo for alterado. Percebi que as crianças não têm facilidade em comer saladas de alface, rúcula, agrião e outras folhas e, para superar essa dificuldade, especializei-me em preparações diversas, molhos criativos e variados, sucos de folhas verdes, com frutas e outras criações similares. Com os idosos podemos fazer o mesmo. Um prato muito colorido é mais saudável que aquele de poucas cores. Tenho notado nas pessoas um mecanismo interessante. Às vezes provam um alimento e não gostam, mas, com o tempo e novos testes, acabam gostando. Podemos aplicar isso a nós, os idosos. Continua na próxima postagem...