quinta-feira, 8 de abril de 2021
Autoconhecimento: um dos pilares do cuidado com a nossa saúde – Parte II
Continuação da postagem anterior...
O processo do autoconhecimento nunca acaba e todos os dias tenho algumas pequenas e grandes surpresas comigo mesma. Com a muita idade, mulheres e homens precisam conhecer-se, apalpar-se e sentir a existência de nódulos, manchas, regiões com a sensibilidade alterada, “sinais”, consistências não usuais, acúmulos anormais de gorduras, “nós” de massa muscular, pontos doloridos, pontos avermelhados, pústulas, partes ressecadas, o crescimento de seus cabelos e unhas e outras alterações ou deformações que merecem nossa atenção e cuidado. Pequenas variações visuais ou de consistência nem sempre são achados sem importância; devem ser examinadas, observadas e analisadas para não se transformarem em grandes encrencas. Periodicamente, faça uma viagem atenta por todo o seu corpo, observando-o com os olhos e sentindo-o com as mãos. O médico é o profissional que pode avaliar qualquer alteração física, pode diagnosticar ou encaminhar a um especialista.
Sob o ponto de vista mais funcional é aconselhado manter a atenção para os alimentos adequados, a sua urina, as suas evacuações, a sua pele e tecidos adjacentes, o seu sono, o que evitar, o que o cansa em demasia, a quantidade de exercício adequada para manter e melhorar seu desempenho, os seus horários biológicos, aquilo que o lhe dá ânimo, vigor e vitalidade e outros dessa mesma natureza. “Ouça o seu corpo”.
Em mim, eu “escuto” algumas coisas interessantes. Há dias, sem motivo aparente, senti uma sonolência logo após o jantar; achei estranho, mas resolvi ir dormir. Acordei de manhã, bem disposta, leve e pronta para enfrentar um novo dia. Com calma refleti sobre esse sono, lembrei-me de outros acontecimentos similares anteriores e desconfiei que sua causa era uma grande tensão por algumas horas, viver um evento que exigia de mim muita concentração e muita atenção. Depois de algum tempo de muita tensão, o sono era um descanso merecido e meu corpo estava refletindo o efeito dessas horas mentalmente tensas.
Outra coisa interessante que “escuto” do meu corpo, é a quantidade de alimentação a ingerir. No momento que meu corpo diz que chega, eu brinco com o garfo, empurro a comida de lá para cá, disfarço um pouco e não como. Parece que “saber” quanto eu quero comer é hereditário; encontrei uns apontamentos da minha mãe dizendo que ficava muito preocupada porque eu, aos 6 meses, não gostava de comer e que havia dias que passava as 24 horas com metade de uma bolacha e negava-me a comer mais. Tenho um neto que, em certo momento da refeição anda com o alimento espetado no garfo à volta do prato e não come mais nada. Somos os dois muito saudáveis.
Continua na próxima postagem....